Místico russo nascido em Pokrovskoie, Sibéria, que exerceu forte influência na corte de São Petersburgo, onde se tornou favorito da czarina Alexandra Feodorovna, esposa de Nicolau II. Filho de camponeses pobres, ganhou na juventude o apelido de Rasputin, o Depravado. Considerado monge, sem ser ordenado, adotou uma seita que chamava de flagelantes, e após peregrinar ao monte Atos, na Grécia, reapareceu em sua terra com a fama de poder curar doenças mas, ante a ameaça de ser tomado por herege, tornou-se andarilho.

Devido às condições favoráveis às crenças do ocultismo pela população local, radicou-se em São Petersburgo (1905). Após sua apresentação à família real, o jovem hemofílico Aleksei, herdeiro do trono, teve uma relativa melhora, e assim, a czarina Feodorovna passou a reverenciá-lo. 

Ardiloso, na presença dos czares, mantinha a imagem de homem santo e circunspeto, mas fora dos círculos palacianos, pregava a doutrina da redenção pelo pecado e seduziu várias mulheres. Em função do seu prestígio, seus denunciantes eram afastados da corte. Porém sua situação se complicou, quando apareceram cópias de cartas de amor supostamente escritas pela czarina ao "santo tarado" (1912).

Assim seu prestígio declinou temporariamente, pois quando o czar assumiu pessoalmente o comando das tropas russas, ao se iniciar a primeira guerra mundial, a czarina assumiu o controle dos assuntos internos e o tornou conselheiro particular. No entanto uma conspiração organizada por políticos e eclesiásticos, foi armada para matá-lo, e após ser baleado várias vezes, foi jogado nas águas geladas do rio Neva, onde morreu por afogamento.