Filósofo estóico grego, nascido em Rodes, a Grande Ilha frente à Ásia Menor, que assumiu a direção da Estoá (129 a. C.) e considerado seu mais famoso diretor. Morou em Atenas e cedo se ligou a Cipião Emílio na época em que se iniciava a expansão do Império Romano para o Oriente, e o acompanhou (142) à Alexandria e à costa ocidental da África.

Depois se estabeleceu em Roma, passando a difundir o estoicismo entre os romanos, divulgando-o com sucesso no seu alto círculo de amigos, entre eles Cipião o Menor, também conhecido como o Africano, o sumo sacerdote Múcio Scevola, Lélio, Estilão, mestre de Varrão, Rutílio e Rufo, inclusive sendo citado no texto de Cícero em De officiis. Finalmente voltou à Grécia, onde dirigiu a Escola de Atenas (129-110 a. C.) e onde faleceu.
É reconhecido como um dos representantes mais significativos do estoicismo médio, modificando pontos da psicologia, recuperando alguns aspectos da física e valorizando os bens e os deveres. Na ética, amenizou a rigidez idealizada do estoicismo antigo, em troca de um humanismo, o qual, ao lado da rigidez da razão teórica, admite a razão prática, que leva em conta o caráter cambiante dos fatos. Abandonou por conseguinte a apatia e a mortificação, em troca da alegria de viver.

Aderiu às doutrinas políticas de Platão e Aristóteles, advertindo para as formas mistas de governo. Manifestou-se contra os mitos e a adivinhação. Escreveu sobre o ócio, a tranqüilidade da alma e a providência, temas próprios para o espírito romano, destacando-se o título Sobre os deveres, sua principal obra e mencionada por Cícero. Também foram de sua autoria Da Providência e um comentário ao Timeu de Platão. Porém de suas obras restaram apenas fragmentos e referências doxográficas.