Herói da independência política argentina nascido em Buenos Aires, cuja atuação foi de fundamental importância para a independência da Argentina. Filho de abastada família portenha, graduou-se em direito na Espanha (1789), onde recebeu a influência do pensamento liberal. Na volta a Buenos Aires, foi secretário da junta mercantil, cargo em que se dedicou à difusão das idéias liberais, sobretudo nos aspectos da educação e das reformas econômicas. Lutou contra a invasão inglesa do Vice-Reino do Rio da Prata (1806-1807) e depois aderiu à revolução autonomista de maio (1810).

Foi nomeado general e enviado para dominar o território do que viria a ser o Paraguai, mas não teve sucesso. Em contrapartida, obteve duas importantes vitórias contra as tropas espanholas em Tucumán (1812) e Salta (1813), as quais contribuíram decisivamente para consolidar a revolução. Depois de duas sucessivas derrotas no alto Peru, hoje Bolívia, foi substituído (1814) no cargo de chefe dos exércitos pelo general José de San Martín.

Pouco depois foi enviado à Europa em companhia de Bernardino Rivadavia, o futuro primeiro presidente da Argentina. Monarquista convicto, sonhava com uma forma de governo monárquico para os sul-americanos, pós independência. Enviado para sufocar uma série de rebeliões que pipocavam na província de Santa Fé, acabou por contrair uma enfermidade que se agravou em sua volta a Buenos Aires, levando-o à morte (1820).