Escritor francês nascido em Saint-Malo, Bretanha, um dos primeiros escritores românticos da França, exercendo profunda influência sobre a juventude de sua época. 

Seu pai, homem excêntrico, comprou pouco antes de arruinar-se o título de conde e o castelo de Combourg, onde o futuro escritor passou a infância e parte da juventude. Quando eclodiu a revolução francesa era oficial de cavalaria, negou-se a lutar pela coroa e partiu para os Estados Unidos (1791), onde conviveu com comerciantes de peles e índios.

Voltou à França e logo foi morar na Inglaterra (1793-1800) e onde escreveu Essai sur les révolutions (1797), em que expunha alguns dos argumentos racionalistas empregados pelo iluminismo contra a religião cristã. Com a morte da mãe (1799) viveu profunda crise religiosa, mas reconciliou o pensamento racionalista com o cristianismo. Voltou à Paris e no ano seguinte publicou Atala (1801). Ingressou na carreira diplomática (1803), como primeiro-secretário da embaixada francesa em Roma, posto do qual se demitiu por divergências com o regime bonapartista. Em 1811 foi eleito para a Academia Francesa.

Após a restauração monárquica na França, chegou a ser embaixador em Berlim e Londres, além de ministro das Relações Exteriores. Dedicou seus últimos anos a madame Récamier, com quem viveu um apaixonado romance e morreu em Paris. Mémories d’outre-tombe (1841), foi considerada sua maior obra. Parcela de sua obra literária também foi importante por descrever os costumes exóticos da América e dos índios, inclusive influenciando os romancistas indigenistas brasileiros.