Edgar Morin, que é um pseudônimo para Edgar Nahoum, é apontado frequentemente como um dos maiores e mais importantes antropólogos, sociólogos e filósofos vivos atualmente. Ele é pesquisador emérito do CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique) e possui três formações superiores: Direito, História e Geografia. Na sua carreira, foi autor de mais de trinta livros.

Edgar Morin

Origens

O pensador nasceu em Paris, sendo filho único de uma família judia, sendo que o seu pai era um comerciante originário de Salônica. Mesmo tendo essa origem, é ateu declarado, e descreve-se constantemente como um neo-marrano.

Além de toda sua trajetória acadêmica, o filósofo também teve uma história política, já que no ano de 1941 anunciou a sua adesão ao Partido Comunista. Sobre isso, ele afirmou que a adesão foi feita “num momento em que se sentia, pela primeira vez, que uma força poderia resistir á Alemanha Nazista”.

Edgar Morin

Já entre os anos de 1942 e 1944., foi um participante ativo do movimento que ficou conhecido como Resistência, sendo tenente das forças combatentes francesas, adotando o codinome de Morin, que passaria a levar consigo para sempre. Sua ligação com o partido comunista vai até o ano de 1949, tendo sido excluído no ano de 1951 especialmente por suas posições antistalinistas.

Pensamento

No campo da filosofia e da sociologia, Edgar Morin se tornou um dos principais pensadores contemporâneos e um dos principais teóricos do campo de estudos da complexidade, que inclui perspectivas anglo-saxônicas e latinas. Sua abordagem é conhecida como “pensamento complexo” ou “paradigma da complexidade”.

O pensamento complexo afirma também que, além disso, somos complexos. Isto porque estamos inscritos numa longa ordem biológica e porque somos produtores de cultura. Logo, somos 100% natureza e 100% cultura. O conhecimento complexo não está limitado à ciência, pois há na literatura, na poesia, nas artes, um profundo conhecimento. Todas as grandes obras de arte possuem um profundo pensamento sobre a vida. Segundo o próprio Morin, devemos romper com a noção de que devemos ter as artes de um lado e o pensamento científico do outro.