Cantor e compositor brasileiro nascido em Santo Amaro da Purificação, BA, que gravou o primeiro samba da história da discografia brasileira, o histórico Pelo telefone (1916). Ao lado de Cadete, Nozinho, Mário Pinheiro e Eduardo das Neves fez parte do primeiro grupo de cantores profissionais da Casa Edison, pioneira na gravação de discos de gramofone no Brasil. É dele a primeira gravação em disco no Brasil (1902), com o lundu Isto é bom, de Xisto da Bahia.

Como cançonetista, participou do Teatrinho do Passeio Público e no Circo Spinelli. Na década (1910-1920), chegou a figurar em pequenos filmes, tais como O cometa, A seresta caipora, Serrana, entre outros. Morreu no Rio de Janeiro e entre outros grandes sucessos populares seus como intérprete foram Caboca di Caxangá (1913), A baratinha (1917), Dança do urubu (1917), Quem são eles? (1918), Já te digo (1919) e Tatu subiu no pau (1923).
Observação:
Historicamente o primeiro samba gravado foi Pelo telefone (1916), antes pela banda da Casa Edison, e logo depois pelo cantor Baiano, uma composição de Ernesto dos Santos, o Donga (1891-1974) e seu parceiro Mauro de Almeida.

Sucesso em todo o Brasil, ainda meio na base do maxixe “O chefe da folia/Pelo telefone/Manda me avisá/Que com alegria/Não se questione/Para se brincá…”, o ritmo do samba já existia a cerca de meio século no batuque de negros. O sucesso de Pelo Telefone no carnaval carioca do ano seguinte (1917), provocou afinal o aparecimento de numerosos compositores dispostos a tentar o novo gênero.