General e político ateniense nascido em Atenas, sobrinho de Péricles, importante figura na famigerada Guerra do Peloponeso (431-404 a. C.). Descendia de família ilustre e após ter ficado órfão, foi educado por Péricles, de quem era sobrinho. Tendo crescido entre os dirigentes políticos e da intelectualidade ateniense, tornou-se amigo e entusiasta do filósofo Sócrates que lhe salvou a vida na campanha de Potidéia (432 a.C). e como decorrência dessa amizade, apareceu em dois diálogos de Platão: Alcebíades e O Banquete.

Também é citado por Aristófanes na peça As rãs. Apoiou a ruptura da paz contra Esparta, e conquistou fama após as primeiras batalhas e foi eleito estratego (420 a. C). Porém, após comandar uma malfadada expedição contra Siracusa, na Sicília, foi acusado de profanação de estátuas do deus Hermes e dos mistérios de Elêusis, destituído do cargo e condenado à morte como sacrílego. Ainda em alto-mar, desertou para Esparta e ofereceu seus serviços ao rei e passou a lutar contra os atenienses, mas poucos meses depois teve de fugir, acusado de tentar seduzir a rainha. Metido em novas intrigas refugiou-se na Pérsia e ali conspirou para a retirada da ajuda aos espartanos.

Perdoado em Atenas, foi eleito comandante da esquadra ateniense em Samos (411 a.C) e conquistou duas importantes vitórias sobre Esparta e que recolocou o domínio do Mar Egeu nas mãos de Atenas. Então retornou triunfalmente à cidade natal (407 a. C.) com o apoio do Partido Democrático. Pouco depois, foi responsabilizado pela derrota de seu preposto Antíoco em Notium, foi destituído e retirou-se para Queronéia. Depois seguiu para a Trácia e, posteriormente para a Pérsia. Foi assassinado em Melissa, na Frígia (404 a. C.), por ordem do sátrapa persa Farnabazo, sob recomendação dos espartanos, e sua morte coincidiu com a derrota final de Atenas, o que pôs fim à guerra do Peloponeso.