Arquiteto e artista do barroco espanhol nascido em Madri, cuja técnica caracterizou-se pela exuberância decorativa, com uma profusão de formas encurvadas e retorcidas, onde o fator ornamental constituía o elemento predominante. De uma ilustre família de arquitetos, escultores e decoradores espanhóis, era irmão de José Benito (1665-1725), o chefe da família e considerado o pai do estilo churriguerismo e um dos expoentes miss importantes do barroco na Espanha, e de Joaquín (1674-1724), os três irmãos criadores desse estilo, que representou uma modalidade tardia do barroco na Espanha, entre fins do século XVII e princípios do XVIII.

O estilo churrigueresco combinava elementos góticos e renascentistas e tornaram a família Churriguera a mais importante na história da arte espanhola. Porém foi o terceiro irmão que realmente se consagrou como arquiteto. Sua etapa em Madrid, a primeira parte de sua carreira profissional, foi menos chamativa que a desenvolvida posteriormente em Salamanca, em sua idade mais madura. Aos 44 anos (1720) foi nomeado mestre da Catedral Nueva de Salamanca entre outras obras, todas elas deixadas inacabadas por seu irmão Joaquín.

O trabalho realizado pelos Churriguera em Salamanca estendeu-se por toda a Espanha e também pela América espanhola, sendo ele o de estilo mais pessoal; e cuja obra mais significativa foi a Plaza Mayor, em Salamanca, um esplêndido monumento do barroco espanhol. Depois da Plaza Mayor (1729-1733), a sua obra mais importante em Salamanca foi a Paróquia de San Sebastián, antiga capela do Colegio de Anaya. Deixou Salamanca (1739), para construir uma nova igreja na vila de Orgaz, onde morreu repentinamente (1750), aos 74 anos de idade, sem terminar esta obra.