O estado abriga o maior número de índios do Brasil: 27,5% do total. Os barcos são o principal meio de transporte, responsáveis pela comercialização de produtos e condução de passageiros. As únicas vias de acesso rodoviário ao amazonas são a BR-174 (Manaus-boa vista) e a BR-319 (Manaus-porto velho), das quais apenas a primeira encontra-se inteiramente operacional.

No interior, mais da metade dos domicílios não têm água encanada, abastecendo-se de rios, poços ou nascentes. Nas zonas urbanas, crescem os bolsões de pobreza, a ocupação desordenada e a especulação imobiliária, sem que haja investimentos suficientes em infra-estrutura, saúde e educação. Segundo o IBGE, em 1999 a mortalidade infantil registrada no Estado é de 31,8 por mil crianças nascidas vivas, pouco inferior à média nacional, que é de 34,58.

A rede pública hospitalar tem, em média, 1,6 leito por grupo de mil habitantes, quando a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda 4,5 para cada mil. Para combater a carência de médicos no interior, o governo defende a contratação de médicos estrangeiros – cubanos, bolivianos e peruanos – interessados em atuar no Brasil. De acordo com a Superintendência de Estado da Saúde, cerca de 90% dos médicos que trabalham no Estado estão instalados em Manaus. Na área de educação, dados do MEC de 1998 indicam 766.842 matrículas no ensino fundamental e médio; a taxa de analfabetismo, em 1998, conforme o IBGE, é de 8,5%, próxima à da Região Sul.

Pólo Industrial

Responsável por mais de 1,3% do PIB do País, o Amazonas gera 10 bilhões de dólares por ano (1999). Com a abertura brasileira às importações no início da década de 90, Manaus vive grave crise econômica provocada pelo fechamento de várias fábricas e pelo aumento do desemprego. A mão-de-obra empregada nas principais empresas da zona franca de manaus (ZFM) reduz-se de 32,6 mil trabalhadores em 1998 para 17,8 mil em 1999. O aumento da exportação dos produtos fabricados em Manaus é fundamental para a economia do amazonas, para a balança comercial brasileira e para evitar o aumento do desemprego no Estado.

Apesar de diminuir o ritmo de crescimento de anos anteriores, o pólo industrial de Manaus demonstrou indícios de recuperação no ano de 2000, com aumento médio de 51,28% no faturamento em relação a 1999. O faturamento do pólo, segundo a Superintendência da Zona Franca de Manaus (suframa), em 2000, esteve em torno de 11 bilhões de dólares.

Esse resultado é alavancado pelo setor eletroeletrônico, que fatura, em média, 58% do total do pólo industrial (dados de 2004). O setor de duas rodas, com o aumento das exportações de motocicletas, superou em 100% o desempenho de 2004. Em razão do aumento das vendas para o exterior, o setor químico de Manaus também teve importante crescimento em 2000, se comparado a 1999; o ramo termoplástico cresceu 60,88%. O pior desempenho ocorre no pólo madeireiro que teve queda próxima a 50%.