A Eclosão do Movimento

Em Manaus, era grande o descontentamento com o governo de Rego Monteiro, que comandava uma oligarquia que estava no poder já fazia tempo. A oposição liderada por Guerreiro Antony, Efigênio Salles, Dorval Porto e Monteiro de Souza fazia constantemente manifestações contra o governo.

Nas eleições de 1924, o governador lançou o seu sucessor, Aristides Rocha, para dar continuidade ao domínio oligárquico. O grupo dominante venceu as eleições utilizando a máquina estatal e as velhas práticas comuns a essa época.

Após as eleições, o governador pediu licença médica e afastou-se do cargo e, em seu lugar, ficou seu genro Turiano Meira como governador em exercício. Nesse período, as manifestações contra o governo, encabeçadas pela oposição, cresceram. Os tenentes aproveitaram-se da conjuntura e tomaram o poder sob a liderança do tenente Ribeiro Júnior.

As medidas do novo governo

a) Isolou Manaus ao se apossar das linhas telegráficas e telefônicas;

b) Difundiu os ideais revolucionários através do "Jornal do Povo";

c) Convocou reservistas para a luta armada.

d) Instituiu o Tributo de Redenção (confisco dos bens e das contas correntes de secretários e empresários envolvidos com o governo para pagar os salários dos funcionários públicos, que se encontravam em atraso).

A rebelião estendeu-se por Alenquer, Santarém, Óbidos (esta foi o último foco rebelde).

A repressão

O responsável em reprimir o movimento foi o comandante do Destacamento do Norte, o general João de Deus Menna Barreto. As forças de repressão partiram de Belém, passaram por todo o Baixo Amazonas e, em 28 de agosto, chegaram em Manaus no destróier Mato Grosso. Os rebeldes renderam-se depois das ameaças de bombardeio à Manaus.

A intervenção federal

O governo federal nomeou o ex-chefe de polícia de Belo Horizonte, Alfredo de Sá, para fazer cessar as lutas entre as oligarquias locais. O interventor propôs a unificação partidária, o que veio a acontecer em 12 de março de 1925. Foi dessa forma que a intervenção federal chegou ao fim e cedeu lugar à recomposição de forças políticas do Estado. Surgiu, assim, um novo grupo oligárquico que se manteve no poder do Estado.

3. O GOLPE DE 1930

A crise econômica internacional de 1929, provocada pela quebra da Bolsa de Nova Iorque, repercutiu intensamente no Brasil, levando muitos cafeicultores à ruína, devido à quebra dos preços no mercado internacional. Por outro lado, os setores ligados à indústria e às chamadas classes médias urbanas, em ascensão, fortaleceram-se. Em 1930, aliaram-se ao movimento tenentista e desfecharam o golpe que levou Getúlio Dorneles Vargas ao poder.