1. PARA QUE SERVE

A língua escrita necessita, na prática, de certos sinais auxiliares para indicar a exata pronúncia das palavras. Esses sinais acessórios da escrita chamam-se notações léxicas ou sinais diacríticos. Para o caso particular de acentuação gráfica, vamos conhecer melhor o acento.

a) acento agudo;

b) acento circunflexo;

c) acento grave;

d) til;

e) trema;

f) apóstrofo;

g) cedilha;

h) hífen.

2. TIPOS DE ACENTO

A nossa língua dispõe de apenas três acentos gráficos:

a) Acento agudo (´) – Indica que a vogal tônica possui timbre aberto: 

relé harém beijá-la amá-la-ás
sapé aloés ádvena beijá-la-ás
refém amá-la ágape álcali

b) Acento circunflexo (^) – Indica que a vogal tônica possui timbre fechado: 

âmago têxtil boêmia plêiade
azêmola anêmona Tâmisa brâmane
zênite êxodo êxul trânsfuga

c) Acento grave () – Usado, hoje, apenas para indicar o fenômeno da crase – fusão de “a” (preposição) + “a(s)” (artigo):

Fui à festa.

Chegamos à noite.

Fizemos referência às obras românticas.

Crase também é fusão do “a” (preposição) + o primeiro “a” dos demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo, aqueloutro.

Refiro-me àquele rapaz.

Endereçamos a carta àquela moça.

Prefiro isto àquilo.

Crase também é fusão de “a” (preposição) + “a” (pronome demonstrativo).

Não me refiro a você e sim à que estava doente.

Esta camisa é semelhante à que ganhei no aniversário passado.

d) Aspecto prático – Na prática, existem apenas dois acentos gráficos: o agudo e o circunflexo. Outro detalhe: só existe acento gráfico em sílaba tônica (sobre a vogal), mas nem toda sílaba tônica merece acento gráfico.