O Parnasianismo trata-se do movimento literário que surgiu na França a partir do século XIX. O movimento veio para se contrapor ao romantismo, de modo a ir de encontro, principalmente, com o romantismo e sentimentalismo exacerbado das produções e o descuido textual permitido por conta do sentimento das obras do romantismo.

A escola literária buscava resgatar alguns dos conceitos da Antiguidade Clássica para as produções mais modernas, de modo a trazer alterações que dizem respeito a questões como melhoria na forma com que seria escrito o poema e valorizações que fazem referência a elementos mais metodológicos de como montar a obra, dentre outras características. No Brasil, o movimento ganhou força com as obras de Olavo Bilac, Alberto de Oliveira, Teófilo Dias, entre outros.

Parnasianismo

Pode-se dizer que, em linhas gerais, o movimento foi muito mais estético do que de conteúdo para as obras que seguiriam. Veio como uma rebatida ao conceito muito melancólico do romantismo, sendo bastante marcante para a elite brasileira que sofreu as influências que começaram como traços bastante fortalecidos de influência francesa.

Assim, as obras seguiam em dois pilares: a forma clássica e o culto à arte em todos os momentos. Entretanto, com o passar do tempo, o movimento literário francês foi perdendo seus traços de origem e aplicação em nossas obras, ganhando toques “abrasileirados” que reduziam toda a subjetividade das obras parnasianas, combinada com a universalização dos temas e adaptação para a realidade brasileira, culminando numa advertência ao individualismo romântico, os desejos, aflições, dores e sentimentos que permeiam a escrita do artista.

Principais características do Parnasianismo

Sendo assim, podemos traçar como as principais características do parnasianismo os seguintes elementos:

  • As poesias deveriam ser baseadas em meditação filosófica, sendo mais complexas sem deixar de ser artificial;
  • Restaurar alguns dos conceitos da Idade Antiga clássica, como o cuidado com a perfeição da forma e o racionalismo;
  • As obras deveriam ter perfeição na forma, com sonetos de forma fixa, versos alexandrinos preocupados com a métrica, além de decassílabos harmônicos, boas rimas, raras e perfeitas;
  • O artista deveria evitar as palavras oriundas da mesma classe gramatical nas poesias, deixando as rimas mais ricas e mais estéticas;
  • A poesia parnasiana assume uma posição bem distinta do romantismo e deve se basear no equilíbrio entre forma e objetividade;
  • A negação do sentimentalismo romântico vem com a objetividade temática, objetivando a imparcialidade e impessoalidade;

Diferentemente do universalismo francês, as obras eram cheias de descrições bem objetivas e impessoais.