O esquistossomo (Schistosoma mansoni) pertence a um grupo de platelmintos denominados trematódeos. Esse verme é muito perigoso, pois produz nas pessoas uma doença grave chamada esquistossomose. 

O esquistossomo tem sexos separados; a fêmea mede cerca de 1,5 cm de comprimento e o macho, cerca de 1 cm. O esquistossomo macho possui um canal onde a fêmea se abriga na época da reprodução. 

O esquistossomo vive geralmente nas veias que ligam o intestino ao fígado das pessoas. A presença desses vermes e de uma grande quantidade de ovos pode provocar um rompimento dessas veias. Além disso, ocorre um aumento no volume do abdome devido ao crescimento desproporcional do fígado e do baço. Por isso, a esquistossomose é também conhecida como barriga-d\água. Entre outros sintomas, além do aumento do volume do abdome, podem ocorrer dores abdominais, cólicas, náuseas, inflamação do fígado e enfraquecimento do organismo. 

Inicialmente o esquistossomo põe seus ovos nas veias do intestino do hospedeiro. Esses ovos atravessam as paredes das veias e do intestino e são eliminados juntamente com as fezes. Os ovos que caem na água transformam-se em larvas, os miracídios. Estes penetram no corpo de um caramujo do gênero Biomphalaria e ali transformam em larvas com cauda, chamadas cercárias. Depois de formadas, as cercárias saem do caramujo e passam novamente para a água. As cercárias, então, podem penetrar a pele humana, atingindo a corrente sangüínea e, finalmente, as veias que ligam o intestino ao fígado, onde se desenvolvem e se transformam em vermes adultos, fechando o ciclo. 

Para combater o esquistossomo, são necessárias as seguintes providências: 
• exigir que as autoridades do governo realizem obras de saneamento básico;
• nunca entrar em água onde existam os caramujos hospedeiros do esquistossomo (açudes, lagos, várzeas, etc);
• construir fossas onde não exista esgoto;
• combater o caramujo hospedeiro. Dessa maneira impede-se a formação de cercárias, interrompendo o ciclo vital do esquistossomo.