Franciscus Sylvius é mais conhecido pela pintura, mas também foi fisiologista, anatomista, médico e químico. Nascido na Alemanha, na cidade de Hanau, acabou ficando famoso por criar a importante corrente iatroquímica.

Com ela, foram explicados vários fenômenos da fisiologia e ainda elementos importantes dos processos de efervescência e fermentação. Na Universidade de Leiden, passou a ser reconhecido como importante pesquisador da digestão e seus diferentes e envolventes elementos.

As influências de Franciscus Sylvius vieram de nomes como Paracelsus e Van Helmont. Nesses dois grandes autores, Sylvius passou a conhecer mais detalhes sobre o mecanicismo das sínteses químicas.Por tal talento, fundou uma escola de iatroquímica na medicina, com doutrinas médicas que predominaram no século século XVII.

Ousado, Franciscus Sylvius quis explicar como o fenômeno da economia animal poderia ser observado a partir da química rudimentar naquele período. Para esse pesquisador, quase tudo na vida poderia ser explicado pelas ações químicas: desde uma doença a um procedimento mais simples. A sua forma de compreender a ciência fez com que a ênfase da medicina saísse do campo místico de então e fosse para fins mais experimentais. Ele, inclusive, fez o dissecamento do cérebro humano para compreender melhor o que somos.

Vida e trajetória

A forma em latim do nome Sylvius carrega o sobrenome le Boë, que quer dizer madeira. A família alemã de Sylvius sempre foi muito abastada, tendo se formado em Cambrai. Depois de sair de tal local, o pesquisador preferiu morar e morrer na Holanda.
O curso de Medicina foi concluído em uma escola protestante da cidade de Sedan. Entre seus mestres acadêmicos, teve Adolphus Vorstius 1 (1597-1663) e Otto Heurnius.

Muito ágil em suas defesas, passou por uma prova de fogo em 1634 quando realizou um importante embate sobre uma de suas obras. Positiones variae medicae foi presidida por Vorstius. Nessa obra, Sylvius quis defender e propor a existência da circulação no pulmão.

Em seguida, durante viagens que fez para Jena e Wittenberg, defendeu outra importante tese chamada de De animali motu ejusque laesionibus. Essa foi motivo de muita polêmica na Universidade de Basileia, tendo Emmanuel Stupanus como presidente. A vida acadêmica de Sylvius foi muito mais movimentada que seu período na medicina. O importante pesquisador morreu na Holanda. Seus estudos continuam sendo reconhecidos, além de sua originalidade para um período tão distante da ciência.