Como se deu a divisão territorial na África

A partilha africana foi elaborada muito cedo por influência dos países europeus, que exploravam o continente em sua colonização e faziam de sua população e de seu território o que bem entendiam, seguindo apenas os seus interesses. No fim do século XIX, os invasores europeus deram início a  repartição do continente africano entre si, onde iniciaram um capítulo da história de inúmeras relações conflituosas entre europeus e africanos. Mesmo após a partida dos mesmos, o continente ainda sofre dos efeitos nefastos deixados pela presença europeia em suas terras.

Conferência de Berlim

Em 26 de Fevereiro de 1885, encerrava-se a conferência de Berlim, um dos momentos mais trágicos na história entre o continente europeu e o africano. Com o encontro, a conferência que contava com a participação de 14 países europeus – como os ingleses, os franceses, os italianos, entre outros – marcava a apropriação e repartição das terras conquistadas pelos europeus em terras africanas, criando as primeiras fronteiras na região. O objetivo da conferência era de definir regras de ocupação, admitindo princípios básicos para administrar as atividades europeias no continente, como o comércio, a escravidão e a soberania entre cada território.

A divisão foi direta, garantindo a propriedade de vários territórios do continente pelas potências europeias e dominando toda a África.

Impacto da divisão de territórios africanos

A apropriação definitiva dos europeus no continente africano serviu para provocar imensas mudanças nos costumes, na língua, na religião e no dia a dia em geral dos grupos étnicos que ali viviam. As fronteiras criadas desencadearam tragédias militares e humanitárias, de perdas irreparáveis e um extremo caos populacional. Entre métodos armados e palavras mal interpretadas, os europeus enganaram aos africanos e conquistaram suas terras pela trapaça, fazendo-se de desentendidos diante de diversas promessas feitas com os mesmos na época de conquistas.

Atualidade africana

Nos tempos atuais, muitas das mesmas fronteiras, estabelecidas sem critérios de divisão que respeitassem a diversidade étnica, as variações linguísticas e as formações políticas dos grupos ali estabelecidos, continuam em estados com baixo senso de identidade e interesse nacional. O colonialismo foi responsável por gerar uma economia dependente, mono culturista e não integrada, que atrasou a transformação da realidade local na passagem por etapas importantes. Os estados democráticos, dentro de sociedades variadas e num sistema capitalista globalizado, foram se formando aos poucos, com a independência de muitos Estados africanos e com a força de líderes que lutaram por sua identidade nacional e regional.

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