Ministério da Educação propõe discussão sobre nova base do ensino médio

O Ministério da Educação anunciou que vai solicitar para que todas as escolas que ofereçam o Ensino Médio suspendam suas atividades de aulas para que os professores possam discutir e fazer sugestões à Base Nacional Comum Curricular do curso. A discussão está marcada para acontecer no próximo dia 2 de agosto, data em que a grande maioria das escolas retornarão das férias de inverno.

O movimento chamado de “Dia D” foi lançado nesta terça-feira (24) pelo Ministério da Educação e pelo Conselho Nacional de Educação (Consed). O governo quer envolver os professores no processo de construção da base do ensino médio, iniciado em abril.

Para nós é importante que o professor participe. Nem todos os professores participam das audiências públicas, por isso essa consulta pública é de fundamental importância. […] Quem faz a educação do ensino médio é o professor que está lá na ponta”, afirma Cecilia Motta, presidente do Consed.

Apesar do documento já ter sido aprovado, o governo federal admitiu que ele ainda está passando por mudanças e que vai ouvir as partes diretamente envolvidas para realizar os ajustes necessários. A recomendação do Consed é que as escolas se organizem por áreas de conhecimento para fazer as discussões no dia 2 de agosto. “É importante que os professores do ensino médio conheçam o documento e se enxerguem ali, ou então, sugiram o que está faltando caso alguma habilidade não tenha sido contemplada”, diz Cecilia.

Uma das grandes polêmicas do documento que vai nortear todo o conteúdo que será oferecido para os estudantes do Ensino Médio é o fato de que apenas as disciplinas de português e matemática apareciam como obrigatórias durante os três anos, e que as outras apareceriam de forma interdisciplinar.

Paralelamente à mobilização nacional, ocorrem as audiências públicas nas regiões. No mês de agosto, o calendário prevê encontros em Belém e em Brasília. A audiência que deveria acontecer em São Paulo, no dia 9 de junho, foi cancelada após protesto contrário à reforma do ensino médio.

Pela Web

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