A Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana

No meio do século XVIII, a América colonial começou a ser marcada por movimentos emancipados. Esses famosos movimentos eram o resultado do iluminismo – um movimento filosófico, que defendia a independência (ideias liberais da época), defendia também uma ruptura, com a metrópole.

A Inconfidência Mineira

Na segunda metade do século XVIII, Minas Gerais entrou em fase de decadência econômica (jazidas de ouro esgotadas, mineiros empobrecidos, altos impostos sobre os mineradores).

Em 1788, a Coroa Portuguesa nomeou o Visconde de Barbacena. Objetivo: aplicar a Derrama (cobrança dos impostos atrasados).

Movidos pela revolta, importantes membros da elite econômica e cultural de Minas planejaram um movimento contra as autoridades portuguesas: a Inconfidência Mineira.

Os planos dos inconfidentes eram:

  1. Libertar o Brasil de Portugal, criando uma república com capital em São João Del Rei.
  2. Adotar uma nova bandeira que teria um triângulo no centro com a frase latina: Libertas quae sera tamen (liberdade ainda que tardia).
  3. Desenvolver indústrias no País.
  4. Criar uma universidade em Vila Rica.

Sem tropas, sem armas, sem a participação do povo, sem intenção de libertar os negros, sem o mínimo de organização, bastou que o coronel Joaquim Silvério dos Reis denunciasse os planos dos inconfidentes ao Governador de Minas Gerais para que o movimento fracassasse.

Todos os participantes foram presos, julgados e condenados. Só Tiradentes (o mais pobre, o mais entusiasmado) teve sua pena de morte mantida: na manhã de 21 de abril de 1792, numa cerimônia pública no Rio de Janeiro, foi executado. Em seguida, teve a cabeça cortada e o corpo esquartejado.

A conjuração baiana

Também conhecida como Revolta dos Alfaiates, ocorreu em Salvador, em 1798. Foi o levante, do fim do período colonial, mais incisivo na defesa dos ideais de liberdade e igualdade propagados pela revolução francesa. A manifestação contou com representantes das camadas populares: grande número de negros e de mulatos.

Desejam a independência da Colônia e uma sociedade baseada nos ideais de liberdade e de igualdade dos cidadãos.

Em meados de 1798, surgem folhetos clandestinos anunciando a “revolução Baiense” e conclamando a população de Salvador a defendê-la. Fracassam os preparativos da luta armada. As autoridades dão início à devassa: 4 são condenados à morte (Lucas Dantas, Luis Gonzaga das Virgens, João de Deus e Manuel Faustino – todos mulatos). Inspirado nos jacobinos da Revolução Francesa, o movimento desejava a libertação dos escravos.

Observação: A Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana não alcançaram seus objetivos, mas transformaram-se em símbolos de luta pela emancipação do Brasil.

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