Embora as temperaturas elevadas sejam praticamente constantes, é comum a penetração de frentes frias no sudoeste da Região, durante o inverno do hemisfério sul. Quando isso acontece, os termômetros descem bruscamente e atingem temperaturas em torno de 14 °C. Esse fenômeno, que dura no máximo uma semana, recebe o nome de friagem, e afeta principalmente a população ribeirinha.
Em decorrência das altas temperaturas reinantes e conforme a pluviosidade, os tipos climáticos da Região norte são classificados em equatorial e tropical continental.

Clima equatorial – Predomina em todos os estados da Região, exceto em trechos do Pará e de Roraima e na maior parte de Tocantins. É a área para onde se dirigem os ventos alísios, dominada pela massa de ar equatorial continental.

Em função da pluviosidade é possível distinguir dois subtipos de clima equatorial. Na Amazônia ocidental, onde as chuvas são abundantes e quase diárias, o clima é equatorial superúmido. Na maior parte da Região, o clima é úmido, sem estação seca caracterizada, embora sempre haja um período menos chuvoso.

Clima tropical continental – Caracteriza-se por uma estação chuvosa, o verão, e outra seca, o inverno, como no Centro-Oeste. Esse tipo de clima predomina no estado de Tocantins, no noroeste do Pará e no nordeste de Roraima. Recebe influência da massa equatorial continental e da massa equatorial atlântica. No noroeste do Pará e em Tocantins, o inverno seco ocorre por influência da massa tropical atlântica.

A VEGETAÇÃO ORIGINAL

O calor constante e a abundância de chuvas na Região permitiram o desenvolvimento de uma mata densa e sempre verde (perenifólia), que originalmente ocupava quase toda a superfície do Norte do Brasil. Essa mata, a mais extensa do mundo em região de clima quente, é a Floresta Amazônica.