Quase 2/3 dos professores já precisaram se afastar por problemas de saúde

Professores estão entre as profissões que mais causam afastamento por motivos de saúde. De acordo com os dados que foram revelados através de uma pesquisa feita pela Associação Nova Escola, e que envolvem cerca de 5 mil educadores, certa de 2/3 já tiveram que pedir afastamento devido a problemas de saúde.

O levantamento realizado também mostra que 87% de todos os professores que foram questionados sore seus problemas de saúde acreditam que eles estão sendo ocasionados ou intensificados em virtude do seu trabalho.

Dentre os problemas que mais foram citados estão a ansiedade, que afeta 68% dos educadores; estresse e dores de cabeça (63%); insônia (39%); dores nos membros (38%) e alergias (38%). Além disso, 28% deles afirmaram que sofrem ou já sofreram de depressão.

Especialistas que foram questionados sobre o tema afirmam que um dos principais motivos para a grande quantidade de professores que pedem afastamento por motivos de saúde é a não aplicação das políticas educacionais previstas na legislação.

“A falta de infraestrutura, o excesso de alunos por sala de aula, a dupla jornada, a falta de segurança nas escolas e a má remuneração contribuem para desvalorizar a carreira e desestimular os profissionais, causando uma série de doenças”, afirma Heleno Araújo Fillo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

Grande parte dos professores que trabalham na rede pública de ensino não contam com planos de saúde, uma vez que os contratos acabam sendo de responsabilidade cada município ou de cada estado que responde como contratante. Este acaba sendo outro motivo pelo qual se fala muito pouco em prevenção na saúde dos professores.

 

Fonte: Revista Nova Escola

 

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