O que é Páscoa Judaica?

1Nas tradições judaicas, por volta de quatro mil anos atrás, Abraão representava o grande patriarcado do povo judeu e morava em Ur. Nesse período, muitas religiões politeístas dominavam a área. Muitos rituais eram observados. Foi nesse intervalo que Abraão teria sido chamado por Deus para seguir até Canaã.

O líder atendeu ao chamado e seguiu à terra de Canaã, espaço em que fundou as primeiras descendências judaicas. Como surgiu um período de grande seca e fome, tais moradores foram obrigados a se digerirem para o Egito em busca de melhores condições de sobrevivência.

No início, a recepção do povo egípcio foi muito amistosa, mas em seguida o povo de Abraão acabou sendo escravizado por longos períodos. Os hebreus foram oprimidos com toda sorte de castigo e até mesmo extermínio de bebês. Nesse contexto, surge a história de Moisés, que escapou do trágico fim após ter sido colocado nas águas. A filha de um faraó egípcio acabou encontrando Moisés em um rio e ele passou a ser criado como súdito da família real. Quando adulto, teria sido chamado por Deus e orientado para a função de libertação do povo judeu das garras do Egito.

Moisés não quis atender o pedido de Deus e, em punição, houve o envio de dez pragas ao povo do Egito. Só depois disso é que os faraós permitiram que os judeus saíssem de lá e voltassem a Canaã. A data do retorno dos judeus acabou sendo a mais importante para o calendário religioso daquele povo. E essa data é chamada de Páscoa Judaica.

Rituais marcam a Pessach

Para o povo judeu, a Páscoa é também chamada de Pessach. É a libertação, a vitória, o atendimento ao chamado que foi feito a Deus. Cheia de rituais, marca um importante evento para o povo judeu. Os estudiosos explicam que tal celebração é um marco para que os judeus reavivassem seus laços em diferentes espaços que estão vivendo até os dias atuais.

Na noite da páscoa judaica, todas as casas precisam estar arrumadas e limpas. A prataria é especial e todo tipo de alimento que passa por fermentação é proibido. Um dia antes do evento, a família passa por um jejum que homenageia os filhos primogênitos que não teriam sido atingidos pela última maldição que atingiu o Egito. A partir desse momento, diversas refeições e narrativas são vivenciadas para a celebração.

Os alimentos usados nesse jantar possuem enorme significado para os judeus que passaram pelo Cativeiro do Egito. As crianças sempre estão presentes nesses rituais, como forma de repassar as tradições judaicas.

Pela Web

Sair da versão mobile