Como funciona uma cobra?

cobra_O2A cobra é um animal que causa medo a grande parte das pessoas. Se alguém não é bem visto, tacha-se imediatamente de cobra. Há toda uma crença de que a aproximação das cobras pode ser fatal e traiçoeira. Enfim, será que esse animal é tão assustador assim? Ou, da mesma forma que os outros animais, ele também tem suas qualidades?

A cobra é um réptil rastejante. O corpo é bem alongado e não dispõe de patas. O ideal, segundo os estudiosos, é chamar uma cobra de serpente. E qual seria o motivo? Justamente porque a cobra tradicional é passível de ser encontrada apenas em algumas regiões da África e da Ásia, onde são chamadas de najas. E no Brasil, como estão classificadas as serpentes? Aqui, existem cerca de 370 diferentes espécies. Com variação de cor, forma e tamanho. Diferente do que muitas pessoas pensam, são muito menores as espécies de serpentes que são capazes de gerar algum tipo de dano ao ser humano. Quem pode levar até mesmo à morte são as serpentes peçonhentas.

O que caracteriza um animal peçonhento?

Uma serpente peçonhenta vai produzir um tipo de veneno que é concentrado. No próprio corpo do animal, esse veneno ficará localizado em uma estrutura que, quando encontra a presa, injeta toda a substância. É a chamada peçonha. Quando se observa uma serpente peçonhenta, percebe-se que ela possui uma arcada dentária com diferenças e modificações. É justamente essa diferença que permitirá o bote.

No Brasil, as serpentes que possuem peçonha apresentam traços em comum que nos permite identificá-las com facilidade. Não há dificuldade para diferenciar uma serpente comum de outra peçonhenta. A jiboia, a salamanta, a sucuri, a dormideira e a caninana não possuem peçonha. Já as que possuem, terão uma fosseta loreal, espécie de estrutura que fica localizada entre as narinas e os olhos. Dentre as serpentes brasileiras, apenas a coral-verdadeira não apresenta a fosseta loreal.

Cobra coral

É importante destacar que as cobras corais são serpentes fáceis de serem identificadas. Elas possuem padrões de cores muito semelhantes. Há anéis brancos, pretos e vermelhos ao longo do comprimento. Em alguns casos, aparecem anéis amarelos que substituem os brancos. Há ainda a cobra coral falsa. Mas, todas são muito parecidas e fáceis de serem distinguidas.

A coral-verdadeira possui uma cabeça diferente das demais serpentes peçonhentas, pois não é triangular. Como é o caso da jararaca, urutu-cruzeiro, jararacuçu, jararacão, cortiara e caiçara. Essas têm, inclusive, um tipo de pele muito peculiar, que corresponde a manchas parecidas com um “V” invertido, uma espécie de ganho de telefone.

Já a cascavel, que também possui cabeça triangular, vai apresentar um chocalho no final da cauda. Com ele, a serpente produz sons que afastam os predadores. Por fim, também existe a surucucu e a surucutinga, que possuem caudas com escamas arrepiadas, pontas afiladas e lisas.

Deu para compreender que nem toda serpente é venenosa? E que nem sempre é legal chamar alguém de cobra? Compreender o mundo animal também é descobrir mistérios.

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