Paulo Menotti Del Picchia

Escritor e poeta e pintor e escultor brasileiro nascido em São Paulo, capital, de destacada atuação no movimento modernista, autor do poema Juca Mulato (1917), obra de repercussão internacional e que teve dezenas de edições. Filho dos italianos Luís Del Picchia e Corina Del Corso Del Picchia, ainda menino mudou-se para ltapira, cidade do interior paulista, onde fez o curso primário. Seus estudos secundários foram feitos em Campinas, São Paulo, e em Pouso Alegre, Minas Gerais, onde se diplomou em Ciências e Letras. Aos 13 anos de idade começou a produzir suas primeiras produções literárias e aos 16 anos, fundou e dirigiu O Mandu, um pequeno jornal do ginásio local para divulgar suas produções literárias.

Formou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo (1913), ano em que publicou seu livro de estréia, Poemas do vício e da virtude (1913) e voltou para Itapira onde foi agricultor, exerceu a advocacia, dirigiu o jornal Cidade de Itapira e fundou o jornal político O Grito. Lá escreveu os poemas Moisés e Juca Mulato, ambos publicados no mesmo ano, e voltou a residir em Sâo Paulo. ,

Autor de romances, contos e crônicas, de novelas e ensaios, de peças de teatro, de estudos políticos e de obras da literatura infantil. Fundador, redator e colaborador de vários jornais paulistanos, suas crônicas publicadas (1920-1930) no Correio Paulistano, constituíram-se numa espécie de diário do modernismo. Com Graça Aranha, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e outros, liderou o Movimento Modernista Brasileiro e foi um dos promotores da Semana de Arte Moderna, realizada no Teatro Municipal de São Paulo (1922).

Fundou jornais e revistas, foi fazendeiro, procurador geral do Estado de São Paulo, editor, diretor de banco e industrial, tabelião e ocupou diversos e altos cargos administrativos. Fez pintura e escultura e foi duas vezes deputado estadual e três vezes federal por São Paulo. Pertence às Academias Paulistas e Brasileira de Letras, para a qual foi eleito (1943) para ocupar a Cadeira n. 28, na sucessão de Xavier Marques.

O poeta morreu na cidade de São Paulo, com 96 anos, e em Itapira foi dado o nome de “Juca Mulato” a um parque e seu nome do poeta a uma praça, além da construção do memorial Casa de Menotti Del Picchia. Exemplos de sua obra também foram os livros de poemas Poemas do vício e da virtude (1913), O amor de Dulcinéia (1926) e Chuva de pedra (1925), os romances Flama e argila (1920), O crime daquela noite (1924) e Salomé (1940) e as novelas e contos O pão de Moloch (1921), A mulher que pecou (1922) e O nariz de Cleópatra (1922).

Também escreveu ensaios como A crise da democracia; A crise brasileira: soluções nacionais (1935) e A revolução paulista (1932) e para o teatro como Suprema conquista (1921).

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