Monarquia Nacional francesa: o absolutismo de origem divina

4. Monarquia Nacional francesa: o absolutismo de origem divina 

O processo de centralização monárquica 

A França foi uma das Monarquias européias mais importantes durante um período que compreende o final do século XV e início do século XVI. Em 1559 sua extensão territorial chegava aos 465.000 km2, com uma população de 18 milhões habitantes. Os grandes feudos, livres do poder real, que estavam localizados na área territorial do país, foram desaparecendo pouco a pouco. 

A França foi firmada durante o processe de fortalecimento da autoridade real. Uma cerimônia de sagração era aplicada ao rei, e ele era escolhido para exercer o poder em nome de Deus. 


O Palácio de Versalhes, construído por Luís XIV, serviu a seus objetivos de domesticação da alta nobreza francesa.

Juntamente com a política externa, eram desenvolvidas relações exteriores. Embora não tiveram um resultado, Carlos VIII (1483-1498), Luís XII (1498-1515) e Francisco I (1515-1547) lutaram pela expansão das fronteiras do Reino. 

Os reis citados acima organizaram a Corte e o poder central, concluindo a obra de ancestrais dos últimos três séculos. Os príncipes, membros da aristocracia, bispos e militares, denominados conselheiros, foram atraídos pele Corte, e abandonaram as suas terras para se aglomerarem em torno do rei. 

Em 1516 foi firmada a Concordata de Bolonha, a qual outorgava ao rei Francisco I o direito de nomear os bispos e abades do Reino. Era necessária a confirmação papal, porém isso era apenas uma praxe. Assim, o alto clero ficou sob o domínio do rei. 

Entraves ao absolutismo: as guerras de religião 

Durante o século XVI o poder real progrediu na França. Porém, no início do século XVII, com as guerras de religião, o absolutismo foi reprimido, retornando a progredir somente na metade deste século, com Luís XIV. 

No início do século XVI, surgiram na França os protestantes que dominou praticamente todas as camadas sociais, especialmente os burgueses que se eram contrários à centralização do poder real. Esses protestantes que seguiam a doutrina calvinista foram denominados na França como huguenotes.

Durante o período de 1559 a 1560, com Francisco II, o poder era ocupado praticamente pela família católica Guise. Durante a Conspiração Ambiose, os huguenotes tentaram trazer o rei para o seu partido, mas essa tentativa resultou numa forte reação dos católicos comandados por Antônio de Guise, que destruiu os um grupo de protestantes huguenotes em Vassy, em 1562. A situação ficou ainda mais complicada quando Carlos IX apoderou-se do trono, pois ainda estava em sua menoridade e Catarina de Médicis, rainha mãe, tentava controlar o conflito entre os católicos e protestantes. O matrimônio de um príncipe da Casa de Bourbon com a rainha protestante Navarra deixou os protestantes com a expectativa de que o herdeiro Henrique de Navarra, criado como protestante, subisse ao trono francês. Catarina de Médicis e Henrique de Guise, líder católico, tinham receio do possível fortalecimento dos huguenotes, sendo assim fizeram Carlos IX acreditar que havia uma trama por parte dos protestantes. Em 24 de agosto de 1572 milhares de huguenotes foram assassinados na Noite de São Bartolomeu. A guerra entre os católicos e protestantes se agravou, e a partir daí Felipe II enviou suas tropas espanholas para dar apoio aos católicos.

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