3. Luís Vaz de Camões 



Vida

Alguns países disputaram sobre onde deveria ter nascido Luis Vaz de Camões, tais como Lisboa, Coimbra e Santarém. Mas o país que provavelmente ele deve ter nascido foi em Lisboa no ano de 1525 e morre em 1580 também em Lisboa. Era um homem ruivo, falava bastante e era bastante querido entre as mulheres de sua época, principalmente a infanta D. Maria, D. Caterina de Ataíde, onde em muitos envolvimentos amorosos que teve causou-lhe algumas contradições, foi “expulso” do lugar onde morava, pois se envolveu amorosamente com D. Caterina de Ataíde que serviu-lhe de inspiração para seus cantos amorosos, essa mulher no qual ele sentia um amor-platônico por ela, tinha o nome imaginário de Natércia. 

Foi alistado como soldado quando partiu para Ceuta (Marrocos), no ano de 1547 onde em escaramuças com os mouros acabou ficando cego do olho direito. Volta à corte em 1550, cego, mas da mesma maneira que sempre se portava antes, valentão, que se envolvia sempre em conflitos, recebeu dois tipos de apelido de Trinca-Fortes e de Diabo Zarolho. No dia de Corpus Christi, no ano de 1552, teve uma briga com um funcionário do Paço, chamado de Gonçalo Borges, em que levou um golpe de espada e ficou preso numa cadeia chamada de Tronco. No outro ano, refez todo o caminho que Vasco da Gama percorreu o caminho do descobrimento do caminho marítimo para as Índias, que mais tarde se transformará em inspiração para Os Lusíadas

Camões Lírico – As Rimas de Luís de Camões

Foram publicados somente quatro poemas líricos de Camões: ode, dois sonetos e uma elegia. O livro: Rimas de Luís de Camões teve sua primeira edição organizada por Fernão Rodrigues Lobos Soropita e foi publicada em Lisboa em 1595. As edições de Domingos Fernandes, de Faria e Souza, de Antônio Alves, foram dando mais volume para as obras líricas de Camões, através de diversos poemas, onde os textos foram atribuindo as Rimas.

A Lírica de Camões está dividida em duas partes principais, vejamos:

1. Lírica Tradicional: essa lírica é constituída da medida velha, ou seja, de redondilhos, ela é um modelo da poesia palaciana do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende, alguns exemplos são: cantigas, vilancetes, trovas, esparsas e motes glosados.

2. Lírica Clássica: essa lírica é constituída da medida nova, ou seja, de decassílabos, como por exemplo, odes, sonetos, sextinas, canções, elegias, écloga e oitavas. 

Camões épico – Os lusíadas

Em Lisboa, o poema Os Lusíadas foi editado em 1572 por Antônio Gonçalves sob proteção do Rei D. Sebastião, essa foi a maior epopéia da língua Portuguesa, que passou por uma terrível censura, porém sem que houvesse corte na Primeira edição. Algum tempo depois, por causa do agravamento da Santa Inquisição, vários episódios começaram a ser contrários à Fé e aos seus costumes, principalmente o “Consílio dos Deuses” e a “Ilha dos Amores”. O ano de 1572 datou duas edições da obra Os Lusíadas.