1. Caracterização da época

Conceito e âmbito

Se referindo ao renascentismo, podemos dizer que ele foi um dos períodos mais produtivos da cultura ocidental, como: 

• Dante;
• Camões;
• Petrarca;
• Shakespeare;
• Rabelais;
• Ronsard;
• Cervantes;
• Tasso;
• Ariosto;
• Da Vinci;
• Michelângelo.

As pessoas citadas acima ficaram entre as mais extraordinárias figuras da arte de todos os tempos. Esse período foi marcado pela supervalorização do homem, pelo hedonismo e pelo antropocentrismo. 

Humanismo e renascimento

O humanismo renova o conceito de Homem Integral, ou seja, o humanismo é considerado um interesse tanto pelo homem como pelo o que ele pode fazer de profundo, glorioso e alto. 

O homem integral é um senhor do mundo, com muita vontade de conhecê-lo profundamente e desfrutar das delicias e dos prazeres da vida. A partir daí surge a exaltação do Homem-Aventura, do Homem-Cortesão, que sabe da poesia e da música, e do Homem-Soldado, que não para de ganhar o céu, que luta, para deixar sua marca no mundo. 

Características do renascimento

O renascimento apresenta sete características principais, vejamos:

Universalismo: quando o mundo e o homem são considerados objetos da arte clássica, onde há um apego maior nos valores transcendentais, como a verdade, a perfeição, o belo e o bem; 

Imitação: é quando há um cumprimento das formas e gêneros da Antiguidade, dando preferência sobre o impulso pessoal e na busca da originalidade. É também quando todos os autores latinos e gregos são “recuperados” como modelos de perfeição, beleza e ideais de verdade; 

Equilíbrio e harmonia: quando há um equilíbrio e uma harmonia de fundo e forma, ou seja, clareza, intensidade vital, mentalidade aberta, euforia, perenidade e etc.; 

Culto da Antiguidade greco-latina: é quando os deuses eram considerados pagãos, onde eram usados como claras alegorias e também como figuras literárias; 

Fusionismo: quando há uma combinação entre revitalização da herança greco-romana e o legado do cristianismo. É considerada uma fusão do paganismo e do racionalismo, tendo uma tradição judaico-cristã, que faz com que Camões harmonize as divindades da mitologia pagã com alguns personagens bíblicos tanto do Antigo, como do Novo testamento; 

Verossimilhança: quando os Clássicos começaram a entender que o belo é o verdadeiro, o racional, onde o verdadeiro é o natural, com isso se da à valorização da natureza e sua imitação artística. 

Ideal ético-estético: esse ideal segue os gregos, ou seja, as idéias de beleza, sempre estavam relacionadas à de Bem, como uma idéia de perfeição e ao mesmo tempo ético e estético, portanto o Bem é o Belo e vice-versa.