3. A pintura

Após a semana de arte moderna

A crise econômica mundial da década de 30 ocorria simultaneamente com a entrada de Vargas na presidência do brasil, e isso influenciou na produção artística que entrou numa nova fase, em relação a sua temática. Todo o pressentimento triste que atingia os operários e trabalhadores rurais foi retratado nas telas dos pintores. Além disso, as festas populares e o cotidiano das cidades também eram expressos pelos artistas pintores em seus quadros. 

A Semana de Arte Moderna também influenciou a pintura, trazendo novas tendências que se consolidaram fortemente. 

Porém, o público que freqüentava as exposições se colocava em oposição às novidades trazidas pelos artistas. E essa resistência deixou os artistas brasileiros desestimulados, pois não tinham nenhum apoio em suas críticas. 

Os artistas de destaque desta época são: Tarsila do Amaral, que de principio realizava as suas pinturas criticando a plástica de antropofagia, mas como suas obras eram muito recusadas, mudou o seu costume para que fosse aceita e compreendida pelo público; Anita Malfatti, que após ser criticada por Monteiro Lobato começou a pintar telas relacionadas ao folclore; Vicente do Rego Monteiro, foi um artista brasileiro de grande sucesso no exterior, porém quando retornou ao Brasil apresentando seus trabalhos, não foi reconhecido, sendo assim, decidiu montar um engenho de produção de pinga Guaratá, abandonando a pintura. 

Como você pode perceber, alguns artistas deixaram de lado as suas determinações modernistas para serem aceitos pelo público, mas não foram todos que fizeram esta escolha, como é o caso do pintor Flavio de Carvalho, que com seu estilo expressionista criou os Salões de Maio em 1937, com o intuito de obter partidários modernistas. Com o mesmo intuito de Flavio de Carvalho, o arquiteto Lúcio Costa também desenvolveu uma exposição de artistas modernos.