Esses monopólios são assim representados:

a) Cartéis – Formam-se por meio de acordo entre grandes empresas que, para evitar os desgastes da concorrência, convencionam entre si formas de manutenção dos preços e de divisão de mercados. Os cartéis originaram-se na Alemanha.

b) Holding – Caracteriza-se quando uma grande companhia assume o controle de inúmeras outras por meio da compra da maior parte de suas ações, passando, então, a atuar de forma coordenada.

c) Trustes – Formam-se quando as grandes empresas, produtoras de determinadas mercadorias, eliminam ou absorvem os pequenos concorrentes e passam a monopolizar a produção, o preço e o mercado. Os trustes surgiram nos Estados Unidos.

O processo de concentração econômica também desenvolveu-se no setor bancário. Os grandes bancos acabaram associando-se às grandes indústrias para financiar seus investimentos e participar dos lucros de seus projetos.

A fusão do capital bancário com o capital industrial marcou essa nova fase do capitalismo, conhecido como capitalismo financeiro e monopolista, que foi caracterizado por:

a) Grande aumento da produção industrial que, para ser vendida, necessitava da ampliação dos mercados consumidores.

b) Grande acúmulo de capitais que também precisavam ser investidos em novos projetos lucrativos, fora de seus respectivos países.

A Partilha da Ásia

Em geral, o modo de produção dos países asiáticos era formado pela união da pequena produção agrícola com a indústria doméstica, compondo pequenas comunidades economicamente auto-suficientes. O comércio de produtos europeus, principalmente os ingleses, destruiu rapidamente essa indústria artesanal, ficando a população local na exclusiva dependência da agricultura. Tornavam-se, assim, abastecedores de víveres e matérias-primas da Europa.

Uma das regiões mais cobiçadas por diversas nações européias no decorrer dos séculos XVI a XIX foi a Índia. Os ingleses, no século XIX, assenhorearam-se da maior parte de seu território até o Ceilão (Sri-Lanka). Astutamente, impediram o surgimento de um poder central forte e estabeleceram um regime de "protetorado" sobre a Índia – regime que, na prática, significava a intervenção na administração local. Pela força ou pela intriga, os principados em que a Índia estava dividida iam sendo submetidos à administração da Companhia das Índias Orientais, empresa britânica que detinha o monopólio do comércio com o Oriente.

Em 1857, a revolta dos Cipaios, primeiro movimento nacionalista indiano, colocou em perigo o domínio inglês, mas foi sufocada dois anos depois.

Em 1877, a rainha Vitória, soberana britânica, era sagrada imperatriz da Índia. Poucos meses depois, em 15 de agosto do mesmo ano, o escritor português Eça de Queiroz escrevia sobre a Índia em Crônicas de Londres: "A grande fome é sucedida por uma fome maior, e diante da calamidade os celeiros acham-se vazios, as economias da nação, exaustas, o tesouro do governo gasto e a esperança perdida… Isso explica por que já morreram nas primeiras semanas de escassez 500 mil pessoas".