1. A filosofia das luzes

O Racionalismo

As idéias dos escritores franceses do século XVIII despertaram uma revolução intelectual que foi muito importante na história do pensamento moderno. Tais idéias eram caracterizadas por privilegiarem a razão. Não aceitavam as tradições, crenças religiosas, misticismo e privilégios que eram concedidos ao rei, acreditavam que para tudo havia uma explicação racional.
Resumidamente, os pensamentos desses escritores apontavam os erros e os vícios do Antigo Regime, contribuindo para o surgimento da Revolução Francesa.
Os filósofos que divulgavam essas idéias eram chamados de iluministas.

Século das luzes

O século XVIII, também chamado de "Século das Luzes", foi um momento histórico em que se aprofundaram as críticas ao Antigo Regime (foi o período em que predominou o capitalismo comercial, o absolutismo, o sistema colonial e a sociedade baseada em estamentos) e em que se propuseram novas formas de organização social, política e econômica.

Os grandes pensadores dessa época (Descartes, Newton, Locke, Voltaire, Montesquieu, Rousseau, DAlembert, etc.) buscavam uma explicação racional para o mundo e lutavam por melhorias das condições existenciais do homem.

Os filósofos iluministas afirmavam que a razão guiaria o homem para a sabedoria, conduzindu-o à verdade. Assim, a razão era a fonte de todo o conhecimento.

As idéias reformistas do século XVIII influenciaram os economistas europeus e, nesse contexto, surgiram duas escolas econômicas, que, por sua vez, contestavam o controle da economia pelo Estado, a saber: a escola fisiocrata e a escola liberal.

A Escola Fisiocrata – Fundada por Quesnay, defendia a tese de que a principal fonte de riqueza nacional era a agricultura e que, portanto, os indivíduos mais importantes economicamente para a sociedade eram os grandes proprietários e fazendeiros.

A Escola Liberal – Ao contrário dos fisiocratas, defendia a idéia de que a fonte da riqueza é o trabalho, que deve ser exercido em absoluta liberdade.

Adam Smith, o fundador do liberalismo econômico, defendia o livre comércio entre as nações e o livre cambismo alfandegário.

Alguns governantes europeus, tentando evitar os conflitos sociais e a contestação aos seus governos autoritários, empreenderam algumas reformas em seus países, com base nas idéias liberais dos filósofos iluministas. Esses governantes ficaram conhecidos como déspotas esclarecidos.