O estopim de uma guerra na maioria das vezes é um episódio forte que leva duas ou mais nações a esgotarem as possibilidades de diálogo e partir para o confronto armado. Muitos motivos já foram conhecidos ao longo da história da humanidade na deflagração de conflitos armados. A economia quase sempre está no centro dos momentos bélicos. A política, diferenças ideológicas acabam contribuindo para uma crise entre países.

O que falaremos neste artigo de hoje é um pouco diferente de tudo o que você já viu: a Guerra de Barba foi deflagrada por um irrelevante aspecto, até mesmo curioso. Inglaterra e França decididamente pareciam estar sem muita ocupação, pois o rei Luís VII, que esteticamente deixou crescer uma enorme barba, era casado com a bela Leanor. Essa última, descendente de um duque francês. Moça de vários dotes materializados em províncias ao sul do país.

Em determinado momento, quando retornava das Cruzadas, no período de 1152, Luís VII optou por retirar toda a barba. A mudança não deixou Leanor muito satisfeita.

Mesmo com toda a reclamação da esposa, o monarca francês continuou irredutível e disse não mais deixar a barba crescer. Diante de tamanha resistência, Leanor resolveu pedir o divórcio. Logo depois, resolveu estabelecer novo patrimônio. Só que dessa vez, com o rei Henrique II, da Inglaterra.

O novo casal passou a cobrar de Luís VII que as terras do dote de Leanor fossem devolvidas. Luís, como era de se esperar, não quis saber de tal devolução. Nenhuma das províncias seriam entregues ao rei da Inglaterra. Diante desse conflito iniciado com o corte da barba, Luís achou por bem declarar guerra a Henrique II, seu atual rival. E a esse conflito bélico foi dado o nome de Guerra da Barba.

Representação de Luís VII na Biblioteca Nacional de França