A árvore que chora 

Exploração da borracha – A exploração econômica da borracha natural da Amazônia foi certamente o mais importante fator de geração de riqueza na História desta Região, no breve período compreendido entre a última década do século XIX e a primeira do século XX.

Tangidos pela seca – A partir da terrível seca que assolou o nordeste brasileiro em 1877, grandes contingentes de mão-de-obra deslocaram-se para o interior da Amazônia, intensificando a exploração da borracha, até então praticamente restrita ao Pará.

Enriquecimento fácil – O Amazonas tornou-se a alternativa de sobrevivência dos migrantes nordestinos e converteu-se no El Dorado dos exploradores de diferentes procedências atraídos pelas perspectivas de enriquecimento fácil.

Além do seringal – O seringal era destino de quase todos os nordestinos. Alguns buscavam ocupação em Manaus, fixando-se quase sempre nas áreas periféricas às margens dos igarapés e ajudando a formar os arrabaldes distantes – cachoeirinha, São Raimundo, Tocos, Educandos…

Navegação a vapor – O início da navegação a vapor no Rio Amazonas, no começo da década de 1850, com a implantação de linhas regulares de transportes da Companhia de Navegação e Comércio da Amazônia, do Barão de Mauá, e da Companhia Fluvial do Alto Amazonas, de Alexandre Amorim, permitiu a ligação de Manaus a Belém e aos altos dos rios Negro, Madeira, Purus e Solimões, chegando até o porto de Nauta, no Peru. A abertura dos portos do rio Amazonas à navegação internacional (Decreto Imperial n.o 3749, de 07 de dezembro de 1866) foi outro fator que deu impulso à exploração do látex na Região.

O DESCOBRIMENTO DA HÉVEA

Contribuição indígena – No caso particular da Amazônia, a contribuição do índio apresenta-se com uma importância verdadeiramente impressionante. Assim, o que caracteriza a vida regional, nos seus aspectos mais típicos e mais permanentes, tem de ser atribuído ao indígena.

Cambetas e omáguas – Na Amazônia, a utilização da goma foi realizada pelos Cambetas ou Omáguas, que ocupavam uma vasta área do Solimões-Marañon. Índios, do grupo tupi-guarani, destacavam-se pela agilidade no manejo das embarcações que corriam a rede hídrica.

Atividade mercantil – Quando, em 1743, Charles Marie de La Condamine desceu o Amazonas, em demanda do Atlântico, comissionada pela Academia de Ciência de Paris para a medição do arco do meridiano, no Equador, já se registrava um interessante movimento mercantil em torno da borracha.

La Condamine, que viajava pela Amazônia Portuguesa, cercados das atenções oficiais em face de ordens terminantes de D. João V, que atendia à solicitação feita por Luís XV, já conhecera a indústria silvestre no Equador. Recolhera algumas amostras do látex. La Condamine

apresentou os resultados obtidos sobre a borracha à Academia de Ciências, em Paris.