Marte é também chamado de Planeta Vermelho, por possuir rochas, solo e céu avermelhados. Devido a esta coloração, os romanos batizaram o planeta de Marte, em homenagem ao seu deus da guerra.
Marte é o sétimo maior planeta do Sistema Solar e o quarto a contar a partir do Sol. O planeta possui dois satélites naturais. 

Até que fossem realizadas as primeiras explorações espaciais, acreditava-se que poderia existir vida em Marte, hipótese atualmente descartada. Mas é possível que tenha existido grande quantidade de água em Marte e que formas de vida possam ter surgido em um passado distante. 


Tamanho de Marte comparado a Terra.

Ficha técnica: 

Distância do Sol 227.940.000 km
Velocidade orbital média 24,13 km/s
Diâmetro equatorial 6.804,9 km
Área da superfície 1,448×10 8 km²
Massa 6,4185×10 23 kg
Temperatura à superfície -63 ºC
Translação 687 dias
Rotação  24,6 horas

Histórico 

Assim como a Terra, Marte tem quatro estações. O seu dia também apresenta duração semelhante ao terrestre: pouco mais de 24 horas. A atmosfera marciana é rarefeita composta basicamente de dióxido de carbono, e a temperatura média do planeta é de 63 ºC negativos. Marte apresenta uma topografia bastante diversa, com crateras, cânions e vulcões, dentre eles o Olympus Mons, a maior montanha do Sistema Solar, com 27 quilômetros de altura. 

Sem dúvida nenhuma é o planeta que mais deu origem a superstições e contos de fadas. Sua cor avermelhada deu origem ao seu nome, Marte: Deus da Guerra É observado desde os primórdios da astronomia moderna. Foi o planeta mais estudado na antiguidade, e isso possibilitou Johannes Keppler (1571-1630), através das observações de Tycho Brahe (1546-1601) descobrir as leis que regem os movimentos planetários. 

Galileu Galilei (1564-1642), quando observou Marte em 1610 não soube afirmar se via as fases do planeta ou se o planeta não era perfeitamente redondo. Depois dele alguns outros puderam identificar algumas manchas em sua superfície e em 1.666 Jean Dominique Cassini (1625-1712) concluiu que o período de rotação do planeta é 24h 40 min e observou a presença de calotas polares. Mais tarde observou-se a presença de uma camada atmosférica espessa o suficiente para abrigar vida. As manchas escuras observadas sugeriram a presença de oceânos e vegetação. Porém é a partir de 1870 que começa a grande polêmica sobre a existência de vida no planeta vermelho. 

Dispondo de um bom telescópio refrator para a época, Giovanni Schiaparelli (1835-1910) faz uma nova cartografia de Marte, a qual gerou muitas polêmicas e especulações sobre a existência de vida em Marte. Em seus mapas Schiaparelli destaca a presença de diversas estruturas lineares que ele denominou de canais. Essa denominação provocou muita divergência entre os pesquisadores da época. Uns afirmavam ser estruturas naturais e outros afirmavam ser estruturas artificiais, construídas pelos habitantes marcianos. A segunda hipótese prevaleceu por algum tempo, principalmente nos países de língua inglesa, provocado por um erro de tradução da palavra canali (usada por Shiaparelli) por canals que significa canais artificiais. Edward Pickering (1846-1919) observou que no cruzamento de dois ou mais canais haviam estruturas circulares bem extensas e que foi interpretada como oásis nos desertos marcianos. Os canais seriam redes hidráulicas em todo o planeta que sustentava a pouca agricultura para a sobrevivência dos marcianos que podiam ser uma civilização decadente. 

No final do século XIX George Hale (1868-1938), Edward Barnard (1857-1923) e Asaph Hall (1929-1907) que descobriu os pequenos satélites do planeta (Phobos e Deimos), afirmaram que as ligações lineares entre manchas, no planeta, era apenas ilusão de óptica. Com o tempo isso foi provado, colocando-se no lugar a hipótese de que o relato de canais é na verdade estrias irregulares, manchas e zonas de reflexão pouco uniforme. 

As conclusões a respeito desse planeta tomaram novos rumos com o envio da sonda Mariner 4 (em 1965), que forneceu dados muito mais precisos sobre sua atmosfera e superfície. Ela foi a primeira missão de sucesso ao planeta vermelho. O processo de exploração espacial seguiu até 2000 com a Mars Global Surveyor. 

As condições de observação mais favoráveis são aquelas em que a distancia Terra – Marte é a menor possível. Isso se dá quando a Terra está no afélio e Marte no periélio e ambos na mesma direção e sentido em relação ao Sol. Esse tipo de coincidência ocorre num ciclo de aproximadamente dezessete anos, onde a distância entre eles é cerca de 60 milhões de Km. Como Galileu observou em sua época, Marte realmente apresenta uma pequena fase, ou seja, os observadores terrestres podem notar uma parte não iluminada do planeta em determinadas condições, porém a fase nunca se completa, pois ele está numa órbita mais externa que a da Terra (nunca há fase nova ou de quadratura).