Economia

Após a Segunda guerra Mundial, a China teve um ótimo desenvolvimento econômico no setor industrial, principalmente nas produções de carvão, aço, petróleo e eletricidade.

A partir do ano de 1984, o governo da China admitiu novas medidas econômicas:

Admissão controlada do conceito de lucro nas empresas.

* Inconstância dos preços conforme a demanda de mercado.

* Admissão de capitais e tecnologia estrangeiros.

* Admissão de salário diferenciado por mérito ou função.

* O uso do sistema de produtividade no lugar do sistema de metas.

* Incentivos para os trabalhadores que produzirem mais agricultura: 

Os chineses têm praticado a agricultura no mínimo há três milênios. Depois da revolução, o governo procurou aumentar a produção agrícola para atender as necessidades da população sem recorrer às importações. A exploração do campo foi organizada em comunas, cujo tamanho e riqueza variavam de acordo com a região. No fim do século XX, dois terços da população se dedicavam às atividades primárias da economia.

A importância da pecuária é relativa, pois quase toda a terra disponível é dedicada à agricultura. As criações mais importantes são as domésticas (patos e porcos), em que a China ocupa um dos primeiros lugares. O gado bovino (búfalos) e o eqüino são utilizados para tração nas atividades agrícolas. A criação extensiva ou nômade (ovelhas e cavalos) ocorre nas regiões que não comportam agricultura: a oeste de Xinjiang, na Mongólia Interior ou no Tibete. 

Indústria

A partir de 1842, o antigo artesanato chinês (tecidos, cerâmica, cristal) começou a ser complementado por uma indústria moderna que esteve em mãos de estrangeiros (ingleses, russos e japoneses) até a revolução de 1949.

Desde o começo, o regime revolucionário se propôs converter a China num país industrial. Nos primeiros dez anos, o apoio técnico e financeiro da União Soviética permitiu um vertiginoso desenvolvimento industrial, interrompido em princípios da década de 1960, com o fracasso do chamado "grande salto para a frente" e o fim da ajuda soviética. Mesmo assim, em 1970 a produção industrial havia triplicado em relação à de 1949: a China tornara-se o país mais industrializado do Terceiro Mundo. Depois da morte de Mao, e sobretudo a partir de 1978, observou-se uma clara evolução da política industrial, que se materializou na multiplicação das importações de bens de equipamento e de tecnologia e no estímulo à produtividade (diversificação de salários e atribuição de gratificações por desempenho).

Na indústria mecânica tem destaque a fabricação de caminhões (fundamentais para o transporte, dada a insuficiência da rede ferroviária) e de tratores. As principais fábricas estão em Tianjin, Baotou, Xangai e Cantão. São também importantes as indústrias de construção naval instaladas em Lüda (Dairen) e Xangai; de material ferroviário, em Changzhou e Lüda; de material elétrico, em Harbin; e de equipamentos agrícolas, em Lüda, Pequim, Tianjin, Nanquim e Fushun.

A indústria química cresceu espetacularmente já na década de 1960, com a produção de fertilizantes e com a petroquímica. Pequim e Xangai são os núcleos onde se localizam os maiores complexos químicos. A indústria têxtil apresenta enorme volume de produção, atendendo a mais de um bilhão de pessoas. Seu grau de evolução tecnológica varia desde a manufatura artesanal até a tecnologia de ponta. Destaca-se a fabricação de artigos de lã, seda e algodão e, em menor grau, a de fibras sintéticas. Muito dispersos, os principais centros têxteis ficam nos núcleos mais povoados: Xangai e Pequim.

A insuficiência da rede viária constitui um dos maiores problemas da economia chinesa, embora a malha de estradas e ferrovias tenham-se multiplicado a partir de 1949. A rede de transportes terrestres é decerto mais densa no leste da China, sobretudo no eixo Pequim-Xangai, que é a região mais populosa e industrializada. Acham-se também asseguradas as comunicações com as regiões menos povoadas, porém estratégicas, do oeste do país, Xinjiang e o Tibet.

As insuficiências são compensadas pelas hidrovias (mais de 150.000km), sobretudo o rio Amur e seus afluentes, além do curso inferior do Yangzi. A eles acrescenta-se o grande canal, reformado em 1958, que une o rio Amarelo ao Yangzi.

O transporte marítimo é assegurado por navios estrangeiros, pois a marinha mercante chinesa, em que pese o notável incremento de sua capacidade de carga, não pode absorver todos os fretes. Os principais portos são Lüda, Tianjin, Xangai e Cantão.

As rotas aéreas domésticas são atendidas por companhias nacionais, mas a exploração da maior parte das linhas internacionais está em mãos de empresas estrangeiras. Pequim, Xangai e Cantão possuem aeroportos internacionais.