O Brasil e os megablocos regionais

MERCOSUL 

      Seguindo a tendência mundial de integração dos países em blocos econômicos regionais, a Argentina e o Brasil elaboraram a Ata de Integração e Cooperação (1986). A seguir, veio a assinatura do Tratado de Integração e Cooperação (1989), que incluiu também o Uruguai.

Finalmente, em 26 de março de 1991, com a inclusão do Paraguai, os quatro países (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) assinaram o Tratado de Assunção, que formalizou o Mercado Comum do Sul (Mercosul).

Participação do Brasil – O Mercosul tem o objetivo de fortalecer e consolidar a sua posição no quadro regional para um melhor desempenho no quadro internacional. Em médio prazo, o Mercosul pretende atrair outros países da América do Sul.

O Chile e a Bolívia – São membros associados ao Mercosul desde 1996. Eles participam da zona de livre-comércio, mas não da união aduaneira.

Peru, Venezuela e Colômbia – Integrantes da Comunidade Andina, formada em 1960, serão os próximos países a se associarem ao Mercosul.

Objetivos do Mercosul
a) Formação de uma zona de livre comércio, eliminando todas as barreiras tarifárias e não-tarifárias na movimentação de bens e serviços. Cada país tem autonomia nas transações com terceiros.

b) Adoção de uma tarifa e de uma política de comércio externo também comuns.

ÁREA DE LIVRE COMÉRCIO DAS AMÉRICAS

A ALCA está-se formando desde 1994, com data-limite para se concretizar até o ano 2005. Seu objetivo é eliminar as barreiras alfandegárias entre os 34 países americanos, exceto Cuba, e poder tornar-se um dos maiores blocos comerciais do mundo.

Alca X União Européia – Há muitas diferenças entre a ALCA e a União Européia. Esta é uma comunidade de nações que, além da finalidade comercial, visa à união política, monetária e econômica dos países europeus. Os países europeus que a compõem apresentam relativa homogeneidade econômica, contam com estabilidade, têm inflação e taxas de juros controladas, entre outras semelhanças.

Pretensões da ALCA – A ALCA apenas pretende estabelecer uma zona de livre comércio nas Américas. Os Estados Unidos, mais uma vez, ressuscitarão os ideais de Monroe de liderar esse grupo de países, que apresentam grandes desigualdades econômicas e sociais. Quando consolidada, essa aliança deverá preservar a hegemonia política e econômica dos EUA, pois este país não se tem mostrado disposto a abrir mão de suas legislações protecionistas em nome de acordos com os outros.

Ameaça à industrialização – Antes da integração hemisférica, o Brasil procura consolidar-se na região platina. Se, por um lado, a aliança de todas as Américas garantirá certas oportunidades para o comércio e para as empresas brasileiras e latino-americanas, por outro, uma concorrência desigual poderá ameaçar-lhes ainda mais a industrialização.