4 – Fenômenos morfológicos da fecundação 

O primeiro fenômeno externo da fecundação consiste na capacidade do óvulo produzir determinadas substâncias, denominadas fertilizinas, nas quais o espermatozóide tem quimiotactismo positivo, ou seja, atração por substâncias químicas. 

O segundo fenômeno externo da fecundação consiste na formação do “cone de atração”, ou seja, uma pequena elevação situada no óvulo por onde o espermatozóide penetra, ultrapassando as membranas plasmática e vitelínica. No entanto, nem sempre ocorre uma elevação, pode ser apenas uma depressão, ou então o fenômeno nem ocorre. 

O terceiro e último fenômeno externo da fecundação é denominado deutoplasmólise, este ocorre após a penetração do espermatozóide, e consiste na eliminação de uma parte do vitelo para o espaço contido entre as membranas plasmática e vitelínica. Por conseqüência disso, na parte externa do óvulo fica uma densa membrana de fertilização, e acredita-se que essa camada impede a passagem de outros espermatozóides. 

O primeiro fenômeno interno da fecundação consiste na perda e absorção da cauda, apesar de não ser obrigatória. A seguir, o restante do espermatozóide passa por uma rotação de 180°, ficando o colo na direção do núcleo do óvulo, e ao redor da sua extremidade forma-se um áster. 

No decorrer da fecundação, podemos notar que o colo desaparece e conseqüentemente a cabeça torna-se esférica. Gradualmente, o colo, a membrana e o citoplasma do espermatozóide são absorvidos. O núcleo, agora chamado de pronúcleo masculino, aos poucos, desloca-se ao encontro do pronúcleo feminino. 

Chamamos de cariogamia ou anfimixia o fenômeno da fusão entre o pronúcleo masculino e o pronúcleo feminino.