Os animais mais rudimentares que existem são os protozoários, unicelulares e em sua maior parte microscópicos. Embora aparentemente simples, na realidade muitas vezes apresentam formas de notável complexidade. Alguns dispõem de estruturas digestivas subcelulares, ou de caráter locomotor, como os cílios (conjunto de filamentos curtos semelhantes a pestanas com que certos protozoários se deslocam), que se acham conectados entre si e têm movimentos coordenados. Ocorrem também núcleos duplos (como acontece entre os ciliados), um dos quais governa a atividade da célula enquanto o outro dirige a reprodução. 

Certos protozoários, como os rizópodes ou sarcodíneos, possuem coberturas que protegem a célula. Essas coberturas nos radiolários são formadas por sílica, por isso apresentam um aspecto vítreo, às vezes de grande beleza; nos foraminíferos, são de natureza calcária e, quando o animal morre, se depositam no fundo oceânico, dando origem a uma variedade rochosa denominada greda. 

Apesar de se situarem no estrato inferior da escala evolutiva animal, os protozoários são sensíveis a determinados estímulos, principalmente químicos, elétricos e, em alguns casos, luminosos. O filo dos protozoários divide-se em dois subfilos: os plasmódromos, sem organelas para locomoção, ou dotados de flagelos ou pseudópodos; e os cilióforos, com cílios ou tentáculos sugadores. Os plasmódromos dividem-se em quatro classes: mastigóforos, ou flagelados; opalinídeos, ou protociliados; sarcodíneos, ou rizópodes; e esporozoários. Os cilióforos têm apenas uma classe, a dos ciliados.