Doença Hemolítica do Recém-Nascido (DHRN) ou eritroblastose fetal 

A DHRN pode ocorrer quando:

O problema é entre a mãe e o filho; o problema manifesta-se no filho durante a gestação.

O fato de existir um feto Rh+ numa gestante Rh- não é condição suficiente para verificar se há doença. Tanto assim que apenas em 1, dentre 20 casos de feto (+) em mãe (-), surge a doença.

É indispensável que haja uma ruptura dos capilares da placenta, que permitirá a passagem de pequenas quantidades de hemácias do feto para a mãe.

Só quando ocorre essa transfusão placentária pode haver a formação de anticorpos no sangue materno. Esses anticorpos dissolvidos no plasma materno passam livremente, através da placenta, para o feto.

O anticorpo é uma hemolisina, isto é, causa a destruição das hemácias. O conteúdo da hemácia é lançado no sangue, e a hemoglobina é transformada em bilirrubina no fígado. Este pigmento é depositado em vários tecidos, dando a cor típica amarelo-esverdeada dos indivíduos que sofreram essa alteração (icterícia do recém-nascido). Devido ao grande número de hemácias destruídas, ocorre anemia.

Quando a eritroblastose não provoca a morte do indivíduo, ela pode deixar suas marcas (seqüelas) no sobrevivente, entre as quais certas idiotias e síndromes neurológicas congênitas.

cromossomos sexuais 

Como já vimos, na espécie humana existem 46 cromossomos distribuídos em 23 pares de homólogos.

Do par número 1 até o de número 23, temos cromossomos chamados autossomos ou autossômicos, que são absolutamente os mesmos em machos e fêmeas. Porém o par de número 23 representa os cromossomos sexuais onde existe diferença entre o masculino (XY) e o feminino (XX), resultando em diferenças nas manifestações de algumas características entre machos e fêmeas; isso se deve ao fato de entre os cromossomos X e Y ocorrer uma região homóloga (igual), onde há correspondência de genes (alelos), e uma região não homóloga, onde existem genes não alelos.

Sendo assim, podemos observar casos onde a característica é exclusiva de um determinado sexo, e casos onde a característica é observada em ambos os sexos, porém com uma diferença na freqüência de manifestação.

1) Herança holândrica ou restrita ao sexo ou ligada ao Y – Os genes para o caráter localizam-se na região não homóloga do cromossomo Y.

Os chamados genes holândricos são exclusivos do cromossomo Y. Tais genes só ocorrem nos indivíduos de sexo masculino e passam de geração a geração, sempre pela linhagem masculina. Atuando em dose simples, os genes holândricos nunca apresentam relação de dominância ou de recessividade.

Como exemplo, no homem, citemos o responsável pela hipertricose: presença de pêlos longos nas orelhas.