As drogas são produtos químicos que se usam no tratamento ou prevenção de doenças ou deficiências dos seres vivos.

Os remédios são feitos com drogas. Podem ser administradas por via oral, pela respiração, por meio de injeções intradérmicas, intramusculares ou venosas, por absorção através da pele ou das mucosas, por enemas. 

O estudo científico da ação das drogas começou há muitos anos; chama-se Farmacologia.Cada droga deve ser bem conhecida e experimentada, antes de ser usada com propósitos medicinais. 

Algumas drogas agem sobre certo órgãos do corpo, enquanto outras agem sobre organismos causadores de doenças. 

Se uma pessoa adicionasse bicarbonato de sódio a uma solução de ácido clorídrico, contida num copo, obteria uma solução neutra. esta é a mesma reação que provoca o bicarbonato de sódio, em presença do ácido clorídrico que existe no estômago

A ação de algumas drogas é o resultado de efeitos físicos ou químicos. Esta ação depende da absorção das drogas e sua passagem para a corrente sangüínea. O sangue as transporta para os diferentes tecidos do corpo, onde se produz a reação. É difícil determinar a ação de algumas destas drogas. O médico e o cientista devem saber de quanto tempo a droga precisa para agir, qual a quantidade necessária para produzir o resultado desejado. 

Também, deve saber como o corpo elimina a droga. Há drogas que mudam a cor das fezes ou da urina. São poucas as que se eliminam pela saliva, através da pele, ou por meio do aparelho respiratório. 

As drogas se obtêm das plantas, dos microrganismos, de outros animais e de produtos químicos naturais ou artificialmente fabricados. A digitalina, droga usada no tratamento da insuficiência cardíaca, é retirada da folha seca da dedaleira (Digitalis purpurea).

A vacina para a varíola é obtida do vitelo inoculado com o vírus vacínico, ou a partir do cultivo do vírus em ovo embrionado de galinha. 

As drogas que se obtêm de processo metabólico dos microrganismo e que são eficientes na destruição de outros organismo, chamam-se antibióticos. 

Os antibióticos podem classificar-se como de espectro amplo ou espectro estreito. As drogas de espectro amplo são eficazes contra grande número de organismo, como as tetraciclinas. A penicilina é uma droga de espectro estreito, já que só atua sobre os agentes causadores de algumas doenças. 

As drogas podem agir localmente ou em forma generalizada. Quando aplicamos creme para suavizar a pele das mãos irritadas, a ação se processa localmente. A aspirina é uma droga que tem ação geral. Algumas drogas, como a cafeína e a adrenalina, aceleram o funcionamento dos órgãos. Estas se chamam estimulantes.

Drogas como a morfina e o fenobarbital tornam mais lento o funcionamento dos órgãos; chama-se depressores. 

As pílula. para dormir são depressoras e uma dose exagerada pode provocar estado de coma. 

Nenhuma droga deve ser usada sem prescrição médica. 

Certas pessoas se acostumam a tomar drogas. O corpo das pessoas, normalmente, não depende de drogas e é possível então quebrar esse hábito sem muito esforço. Algumas, porém, chegam a depender tanto delas, que é muito difícil abandonar o costume de tomá-las.

As doenças provocadas pelas drogas chamam-se farmacogênitas ou farmacoses.

Histórico das drogas

A ação das drogas sobre o organismo é estudada pela Farmacologia, ciência bastante antiga, que entre os primitivos se misturava com a magia. 

Conhecia-se a ação curativa ou anestésica de certos extratos vegetais e os alteradores da consciência tinham as vezes funções mágico-religiosas. 

Há mais de 4000 anos a.C. os Sumerianos (atual Irã), utilizavam a papoula de ópio como a "planta da alegria", que traduzia o contato com os Deuses. 

Há 500 anos a.C. o povo Cita (habitantes do Rio Danúbio / Rio Volga – europa Oriental), queimavam a maconha (cânhamo) em pedras aquecidas e inalvam os vapores dentro de suas barracas ou tendas. 

Na Antiguidade, o álcool ou mais comumente o vinho, era conhecido como a dádiva de todos os deuses, sendo Baco o Deus do Vinho. 

Aproximadamente no ano de 1500, o Cactus Peyoteera utilizado em cerimônias religiosas (no descobrimento da América). O ópio foi por muito tempo cultivado livremente por camponeses, por volta do século XVI, como fonte de alívio de sua triste realidade sofredora. Na mesma época, os espanhóis utilizavam as drogas alucinógenas como uma forme de auto-castigo, pois para este povo, Droga significa "Demônios".

Ainda no século XVI, junto com drogas realmente eficazes, como digitalina e beladona, os médicos receitavam pó de asa de morcego, ou pedras preciosas trituradas, que feriam a mucosa do intestino e devem ter matado muitos pacientes. 

Nos séculos XVIII e XIX, a Farmacologia tornou-se mais científica, comprovando o efeito de vária drogas tradicionais como a cânfora, quina ou coca, e descartando as ineficazes. A descoberta de medicamentos naturais prosseguiu com os antibióticos, extraídos de fungos, e os tranqüilizantes, extraídos de plantas. 

O ópio (morfina / anestésico) incentivado na guerra civil americana (1776) era utilizado para fornecer alívio à dolorosa vida dos soldados.
A primeira droga sintética utilizada pela medicina foi o hidrato de cloral, em 1869.

A partir daí os remédios, antes extraídos de ervas pelo boticário, começaram a ser fabricados por grandes indústrias. 

Em 1890, iniciou-se a livre comercialização de vinho, elaborado com extratos de coca e xaropes, com as mesmas composições. 

Em 1914, deu-se a proibição da livre negociação, com isto iniciou-se o Mercado Negro – ilícito (EUA faturou cerca de 100 a 200 bilhões de dólares). 

Por volta de 1920, os EUA instauraram a "LEI SECA" – Proibição do comércio de álcool – lei esta que prorrogou-se por 13 anos. 

Durante a 2a Grande Guerra, receitas de anfetaminas (estimulantes) eram utilizadas para combater a fadiga. 

Barbitúricos / Hipnóticos teve seu auge em 1950 "VIVA MELHOR COM A QUÍMICA" (Lema utilizado pelos laboratórios).
1960 foi o auge do LSD (a era dos ácidos), muitos psiquiatras receitavam impiedosamente o consumo deste tipo de droga. 

Em 1970 proliferação da cocaína e seus derivados, entre eles o "crack", e mais recentemente aparecendo o ecstasy, mais popular entre as classes média e alta. 

A atuação desses medicamentos no organismo varia conforme o indivíduo e a dose aplicada. Uma substância capaz de livrar o indivíduo de uma doença mortal pode tornar-se extremamente perigosa se o seu emprego for incorreto.