(501 – 425 a. C.)
Político, filósofo e autor de tratados e leis públicas, natural de Eléa, na Magna Grécia, no sul da Itália, que viveu em Atenas, e conhecido como o criador da dialética, produzindo seus paradoxos raciocinando sobre o infinito. Com fortes inclinações metafísicas, foi um dos responsáveis por mudanças fundamentais na matemática do quinto século antes de Cristo. Pertenceu à escola eleática, ostensivamente contrário aos pitagóricos em defesa das idéias de seu mestre e amigo Parmênides, procurava atacar as idéias dos adversários partindo das premissas deles e as reduzindo ao absurdo e se fez conhecido pelos seus sofismas, visando provar a doutrina da imutabilidade do ser. Método definido como a dialética de Zenão e notabilizado em seguida por Sócrates. Com isso expôs exercícios de lógica aplicáveis à matemática e demonstrou o paradoxo do movimento. Contrário a matemática e as ciências, defendia a literatura no ensino das crianças, dentro de um núcleo educacional denominado de trivium, formado pela gramática, retórica e dialética. Cronologicamente situado entre Parmênides e Melisso, foi também o segundo em importância da escola a que pertenceu, destacando-se mais que todos pela sua dialética e retórica. Morreu em Eléa e Platão deu a um seu diálogo o nome de Zenão, como também a outro, o de Parmênides: a este atribuiu 65 anos, enquanto a Zenão 40. Escreveu várias obras em prosa, entre elas, Contra os físicos, Discussões, Explicação crítica de Empédocles e Sobre a natureza. Por conspirar politicamente contra a tirania de Nearco, acabou preso, torturado e morto na prisão.