(1846 – 1940)
Climatologista e meteorologista russo nascido em São Petersburgo e naturalizado alemão, considerado precursor da ciência meteorológica moderna, e cujas descobertas influenciaram profundamente os rumos das ciências da atmosfera. Neto de um dos médicos alemães levados à Rússia pela imperatriz Catarina a Grande, com a finalidade de melhorar as condições sanitárias da nação, seu pai, Peter von Köppen, viveu na corte de Alexandre II e obteve os mais importantes títulos científicos da Rússia. Morando na Criméia, junto ao mar Negro, influenciou-se com a flora e as variedades climáticas da região e iniciou estudos de botânica na Universidade de São Petersburgo (1864), que concluiu na cidade alemã de Heidelberg. Emigrou para Hamburgo (1874) para dirigir a divisão de telegrafia meteorológica, disciplina dedicada à detecção de temporais e à meteorologia marinha, do Observatório Naval Germânico (1875-1918). Tornou-se (1884) o primeiro pesquisador a mapear as regiões climáticas do mundo e suas variação ao longo dos meses do ano. Seu mapa climatológico, que abrangia desde o círculo polar até as latitudes tropicais, representou um progresso para a meteorologia da época com o mapeamento de todas regiões climáticas do mundo. Classificou os climas em cinco tipos distintos (1900), baseado nas chuvas e temperaturas, expondo um sistema matemático de classificação climática que durante décadas orientou as técnicas meteorológicas. Mudou-se para Graz, na Áustria (1924), cidade onde permaneceu até morrer e onde, em colaboração com Rudolf Geiger, redigiu seu famoso Handbuch der Klimatologie (1927), publicado em cinco volumes.