(1916 – 1992)
Político brasileiro nascido em Rio Claro, Estado de São Paulo, um dos mais importantes nomes da história parlamentar brasileira. Filho de Ataliba Silveira Guimarães e de Amélia Correia Fontes Guimarães, tornou-se líder estudantil e foi vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Formou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, especializando-se em Direito Tributário (1940). Seguindo carreira política, foi eleito deputado estadual em São Paulo (1947) e eleito líder da bancada do PSD na Assembléia, cargo que ocupou até o final do mandato. Deputado federal (1950), reelegeu-se consecutivamente para o Congresso Nacional até sua morte. Foi Ministro da Indústria e Comércio no gabinete Tancredo Neves, durante o breve período parlamentarista (1961-1962), e apoiou o golpe militar que derrubou o presidente João Goulart (1964). Em seguida foi um dos fundadores (1965), no bipartidarismo, do partido político de oposição ao governo, o Movimento democrático Barasileiro – MDB, partido este que justificava para o mundo exterior ao Brasil que aqui existia "democracia política" e que a oposição era legal, o que foi de muita utilidade para os militares. Na realidade, funcionava como uma "oposição controlada" à Aliança Renovadora Nacional, a Arena, partido do governo. Disputou no Colégio Eleitoral Indireto (1973) como candidato simbólico da oposição à sucessão do general Emílio Garrastazu Médici, porém sem chances e sem denúncias contra a eleição indireta. Com o início da distensão política, foi um dos fundadores e presidente do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, o PMDB (1980), e participou da campanha pelas eleições diretas (1984) que resultou na eleição indireta de Tancredo de Almeida Neves contra Paulo Salim Maluf. Desapareceu durante uma tempestade no mar, próximo a Parati, Estado do Rio, quando o helicóptero em que viajava com a esposa e amigos, aparentemente caiu no mar. O desastre não teve sobreviventes e seu corpo jamais foi encontrado.