Matemático britânico nascido em Londres e formado nas universidades Cambridge e Princeton, reconhecido como pioneiro na teoria da computação. Filho de um oficial britânico, Julius Mathison, e de Ethel Sara Turing, desde cedo, logo que aprendeu a ler e escrever, demonstrou interesse pela ciência da computação numérica. Concluiu o mestrado no King’s College (1935) e receber o Smith’s prize (1936) com um trabalho sobre a teoria das probabilidades. Neste mesmo ano publicou seu primeiro paper chamado On Computable Numbers (1936), em um jornal chamado On Computer Numbers, no qual introduzia o conceito de uma computação teórica, um hipotético aparelho computacional hoje conhecido como Turing Universal Machine ou máquina de Turing.

Este conceito, que suponha a resolução de qualquer cálculo matemático pela máquina, hoje é considerado como fundamental para o desenvolvimento do computador digital. Durante a II Grande Guerra (1939-1945), trabalhou como criptógrafo para o serviço de espionagem do British Foreign Office, na Government Code and Cypher School, em Buckinghamshire. Ainda durante a guerra, foi enviado aos USA a fim de estabelecer códigos seguros para comunicações transatlânticas entre os aliados. Em Princeton, NJ, que conheceu Von Neumann e participou do projeto do ENIAC na universidade da Pensilvânia.

Terminada a guerra, juntou-se ao National Physical Laboratory para desenvolver um computador totalmente inglês que seria chamado de Automatic computing engine, o ACE. Decepcionado com a demora da construção da máquina, mudou-se para Manchester, onde se dedicou ao estudo da inteligência artificial e de formas biológicas. Foi nomeado fellow da Royal Society (1951) e iniciou a publicação de trabalhos matemáticos sobre o desenvolvimento dos organismos vivos (1952).

Propôs um método denominado o teste de Turing para determinar se as máquinas tinham a capacidade de pensar. Por sua reconhecida homossexualidade oi preso como indecente (1952), sendo obrigado a se submeter à psicanálise e a tratamentos que visavam sua cura. Tragicamente suicidou-se em Manchester, durante uma crise de depressão, numa provável reação aos tratamentos médicos forçados, comendo uma maçã envenenada com cianureto de potássio, aos 41 anos (1954).