A esterilização é a interrupção cirúrgica do canal por onde são conduzidos normalmente o espermatozoide ou óvulos. Uma das possibilidades para conquistar a esterilização é a vasectomia. Ela consiste no fechamento ou ligadura dos canais deferentes encontrados no organismo masculino. Essa cirurgia é realizada com anestesia em cima do saco ou escroto. Ali é realizado um corte do canal que envia os espermatozoides do testículo até as glândulas que fazem a produção do esperma. Depois da cirurgia, a ejaculação continua normalmente, só que sem a presença de espermatozóides.

O homem não precisa ficar internado para realizar o procedimento. A decisão precisa ser bem clara, pois a possibilidade de reverter a vasectomia é mínima. Assim, o homem não tem possibilidade de ter filhos. Homens que já possuem filhos, com idade além de 30 anos podem adotar o método cirúrgico definitivo. Não se trata de uma castração como muitos homens acabam achando. Apenas não haverá transporte dos espermatozóides, mas eles continuam sendo produzidos normalmente. A vasectomia não gera impotência, queda na libido ou perda de sensibilidade no órgão genital.

Ligadura de Trompas ou Laqueadura

Essa é a forma de esterilização definitiva para a mulher. Nela, as trompas são cortadas ou amarradas. Assim, não há encontro do óvulo com o espermatozóide. Existem duas formas de laqueadura: abdominal e vaginal.

No caso das abdominais existem a minilaparotomia e a videolaparoscopia. Na primeira, o corte bem pequeno é feito acima do púbis. Já a segunda, acontece por meio da colocação de uma minicâmera de vídeo dentro do abdômen.

A laqueadura vaginal pode ser de colpotomia ou histeroscopia. Na primeira, um fundo-de-saco é incidido na parte posterior da vagina. O risco de infecção é maior. Já na histeroscopia, as trompas são acessadas por meio da cavidade endometrial. A cirurgia demanda internação e anestesia.

É um método que impede a mulher de ter filhos no futuro, com cirurgia que exige recuperação de até 48 horas, repouso e cuidados básicos. A mulher agenda a esterilização definitiva com o prazo de 60 dias anteriores. Não pode acontecer após um parto ou aborto, pois esses são momentos indelicados para a região e que podem causar infecções.

As laqueaduras não alteram os ciclos menstruais e não causam mudanças nas esferas hormonais da mulher. Na verdade, tal procedimento pode reduzir o risco de câncer nos ovários. A taxa de falha para tal método é ínfima, chegando a 0,1 a 0,3 por 100 mulheres por ano.

Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), tal cirurgia só é autorizada para uma mulher com idade acima de 25 anos e que já possua ao menos dois filhos.