Em pesquisa recente, foi divulgado que as carnes processadas como o bacon e a linguiça podem causar câncer, o que levantou o assunto quanto ao perigo das carnes processadas para a nossa saúde, que vai além da causa de câncer.

O que são carnes processadas?

Carnes processadas são produtos frescos derivados a partir da carne de porco, boi, frango, entre outras, alterados a partir do seu estado original para fins comerciais, demorando mais para vencer, e dessa forma, suas textura sabor e aparência são modificadas. Basicamente, se aumenta o tempo de conservação e o se realça o sabor, com adição de produtos. Entre as mais conhecidas estão: salsicha, linguiça, salame, patê, presunto, carne seca, bacon, mortadela, etc.

O que são carnes processadas

Produtos processados

Entre os produtos processados, podem-se separar os minimamente processados, dos ultraprocessados. No primeiro caso temos peças de carnes bovinas e suínas, aves e pescados que são alterados por agregação de sal, açúcar, óleo e outras substâncias. Em um meio termo podemos considerar produtos enlatados, carne seca e toucinho. Enquanto os superprocessados são alimentos que são formulações comerciais feitas de carne e outros alimentos e sintetizados em laboratório, como salsicha, hambúrguer, nuggets entre outros.

Na lista do câncer

Pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) indica relação causal entre o consumo de carnes processadas e câncer. Segundo a pesquisa elas favorecem o desenvolvimento de câncer colorretal, de pâncreas e próstata. As carnes processadas ficaram na categoria 1 da pesquisa, junto com cigarro, bebidas alcoólicas e exposição solar, entre outras. A pesquisa também destaca que as carnes processadas contribuem em consequência de doenças cardiovasculares.

Outros riscos à saúde além do câncer

Perigos das carnes processadas para a saúde

Outros riscos do consumo de carnes processadas ainda podem ser destacados, como os riscos de intoxicação alimentar. Existem também os riscos químicos e físicos, que se dão pelo processo ao qual a carne é submetida para se aprimorar à comercialização, onde pode acontecer de materiais indesejados se juntarem ao alimento, como fragmentos de ossos e dentes de animais, ou mesmo pedaços de vidro, alumínio ou plástico, e por fim, o risco do alimento se contaminar por conta do uso de determinados produtos utilizados para processá-lo, como aditivos alimentares, pesticidas e conservantes químicos.

Para minimizar esses riscos o consumidor deve procurar o selo do órgão fiscalizador oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa), que inspecionam a segurança alimentar do produto cárneo.

Procure ter uma alimentação mais saudável

Deve-se optar então por substituir ou (se não for possível) minimizar ao máximo o consumo desses alimentos, dando preferência à alimentos mais frescos (carne vermelha, frango ou peixe e ovo). Outros produtos processados, além das carnes a serem evitados, que podem contribuir negativamente nos mesmos sentidos, são bolachas, sucos industrializados, pão e refrigerantes.

Além das boas práticas de alimentação (a busca por uma dieta de base vegetariana também é sugerida por especialistas), é recomendável uma alteração no estilo de vida buscando atividades físicas regulares.