A Hepatite é uma doença contagiosa, caracterizada por uma inflamação do fígado. No Brasil, os vírus mais comuns são: A, B, C e D. Observe:

  • Hepatite A (VHA): Também conhecida como “hepatite infecciosa”, a forma mais comum de transmissão é através da alimentação (ingestão de comida ou água) contaminada por fezes infectadas.Raramente apresenta sintomas: vômitos, febre, dores abdominais, fezes amareladas e urina escura e, quando o mesmo ocorre é após 18 a 50 dias da infecção.
  • Hepatite B (VHB): O vírus do tipo B é considerado uma DST (Doença Sexualmente Transmissível) por estar presente no sangue, no leite materno e no esperma.O contágio se da por meio de contato com o sangue, secreções corpóreas e relações sexuais com pessoas infectadas sem uso adequado de preservativos; Mãe para filho, através da amamentação ou parto; Uso de materiais descartáveis: escovas de dente, seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha, objetos perfurantes, entre outros contaminados pelo sangue.
  • Hepatite C (VHC): Este é o tipo é muito parecido com o vírus B, pelo fato de o vírus também estar presente no sangue .A forma de transmissão é a mesma e inclui também a transfusão de sangue com pessoas infectadas. Os sintomas são raros, mas quando aparecem são idênticos aos da hepatite A: vômitos, febre, mal estar, dores abdominais, fezes amareladas e urina escura. De acordo com profissionais, quando a inflamação persistente por mais de 6 meses, pode ser considerada crônica e a forma de tratamento depende de exames.
  • Hepatite D (VHD): Também chamada de Delta, esse tipo de vírus normalmente infecta pessoas que já estejam contaminadas pelo tipo B. As formas de contaminação ocorrem através de relações sexuais sem camisinha com uma pessoa infectada;Da mãe infectada para o filho no período de gestação, nascimento ou amamentação; e Compartilhamento de material que possibilita contato com o sangue infectado. Quando os vírus D e B atacam juntos, os sintomas são: náuseas, vômitos, mal-estar, febre, fadiga, perda de apetite, dores abdominais, urina escura, fezes claras e icterícia. Já nos casos em que o vírus D ataca os portadores do vírus B, o fígado fica bem comprometido, e os sintomas podem se igualar ao de cirrose hepática e formas fulminantes de hepatite.

No Brasil, muitas pessoas são portadoras dos vírus B e C, e, em muitos casos, não tem consciência disso. É muito importante a procura por médicos para realização de exames de rotinas que detectem o vírus, antes que a doença evolua para o estágio crônico, podendo se transformar em uma cirrose ou câncer.

Além desses, existe ainda, o vírus E (VHE), mais frequente na África e na Ásia.  A forma mais frequente de contaminação e sintomas deste vírus se iguala ao da hepatite A (transmissão fecal-oral). O diagnóstico é realizado por exame de sangue, no qual se procura por anticorpos anti-HEV. Na maioria dos casos, a doença não necessita de tratamento.

Os vírus A e E apresentam-se somente no estágio agudo e não evolui para formas crônicas, ou seja, permite recuperação completa, eliminando totalmente o vírus do organismo.

Se confirmada a infecção, o profissional de saúde indicará o tratamento mais adequado para cada caso, de acordo com a saúde do paciente. O diagnóstico precoce da hepatite amplia a eficácia do tratamento.

Prevenção

Não deixe de procurar um médico e solicitar exames!

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a melhor forma de prevenção é tomando as doses de vacina contra as hepatites A e B, que oferecem proteção por 10 anos.

O Ministério da Saúde oferece a todo jovem de até 24 anos vacina contra o tipo B. Populações vulneráveis podem tomar as duas injeções existentes.

A falta de imunização permite a doença atacar o fígado de forma mais agressiva, desde a lesão hepática agravada até a forma fulminante.

E não é só isso, os vírus pode ir podem ir mais além, alguns, não considerados “vírus de hepatite”, também podem gerar inflamação do fígado (hepatite), assim como o vírus da Mononucleose Infecciosa, o Citomegalovírus e o da Febre Amarela.