Mesmo com o equilíbrio econômico organizado pelo governo Vargas para a política da cafeicultura, houve oscilação no mercado internacional que impactou as reservas do Brasil. Com o setor agrícola em crise, o governo investiu na formação da indústria como alternativa para a forte dependência externa. Por ironia das circunstancias, acabou sendo a crise uma saída para dar força à industrialização e por fim à forte dependência externa.

Em termos de desenvolvimento do parque industrial, houve uma maior capacidade para manter as importações no solo brasileiro. Todo o ócio observado em algumas empresas foi substituído por incentivos. O setor têxtil e tantos outros acabou se beneficiando de tais mudanças. A isenção criada para exportar alguns bens de capital também foi um elemento incentivador. A indústria de base foi reforçada.

Quem representava a indústria e tinha sido contrário ao poder de Vargas acabou se rendendo aos processos de mudança e se aproximando do governo. Por toda a década de 30, a resistência e boicote à legislação trabalhista foi sendo atenuado.

Entre 1917 e 1945, do início da I Guerra ao fim da II Guerra, houve importantes taxas de crescimento. O PIB e o volume industrial foram impactados com resultados visíveis na economia.

Entre 1933 a 1936 saltos consideráveis foram observados. Os espaços do ramo têxtil, químico, de papel, cimento, aço e pneus foram os mais beneficiados. A crise de 1929 e e o fim da II Guerra também levaram a infortúnios.

1O que também favoreceu o crescimento industrial: as regulamentações do trabalho pela Legislação Trabalhista, mudanças na esfera sindical e das leis previdenciárias. A própria organização corporativa da indústria que abriu espaços no Congresso e no Executivo para também ampliar seu poder.

Realizações do governo Vargas neste período:

a) Criação do Conselho Nacional de Petróleo em 1938. No ano seguinte, foi aberto o primeiro poço de petróleo em Lobato, na Bahia.

b) Construção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em 1941, empresa instalada em Volta Redonda, Rio de Janeiro, para produção de aço.

c) Criação da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) em 1942, com a meta de cuidar da extração das riquezas minerais.

d) Criação da Companhia Nacional de Álcalis em 1943.

e) Criação da Fábrica Nacional de Motores em 1943.

f) Criação da Companhia Hidroelétrica do São Francisco em 1945.