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A Proclamação da República ocorreu no dia 15 de novembro de 1889, no Rio de Janeiro, por Marechal Deodoro da Fonseca. Ela estabeleceu um regime republicano que colocava fim à Monarquia no Brasil. Como a Proclamação aconteceu no Rio de Janeiro, os republicanos que ali viviam pediram para Marechal Deodoro da Fonseca liderar esse movimento. Depois de tanta insistência, ele acabou aceitando a proposta. A Proclamação da República tinha por objetivo promover um regime presidencialista e descentralizado.

Algumas “ partes” urbanas, fazendeiros e o exército acabaram fazendo parte “do golpe militar” em que foi Proclamada a República. Ao final da Monarquia, surgiu um governo provisório dirigido por Marechal Deodoro da Fonseca, que tinha por objetivos: fortalecer o novo regime; colocar em prática algumas reformas necessárias e fazer o Brasil avançar.

Transição e militares

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O fim do regime monárquico e o processo de início do momento republicano passa por várias mudanças, inclusive com a chegada dos militares ao poder. Muitas revoltas já antecediam esse momento. A Revolução Farroupilha (1835-1845) foi uma das últimas a se colocar contra o regime monárquico no Brasil.

O crescimento e poder dos cafeicultores, somado às mudanças oriundas da industrialização também contribuíram. A classe média gestada nesses espaços queria conquistar poderes no governo republicano. Quando essa classe se juntou ao exército brasileiro recém vitorioso na Guerra do Paraguai, houve propensão para a germinação da República. Os movimentos abolicionistas também contribuíram para fazer avançar a queda de Dom Pedro II.

Essas mudanças começaram a ser sentidas especialmente depois de 1870. Ali, os republicanos organizaram um partido e começaram a soltar seus primeiros manifestos. O exército começava a se rebelar contra a monarquia em função de querelas pessoais e intromissão do rei em assuntos militares.

Com a abolição da escravatura em 1888, não havia mais espaço para imperadores autoritários. Houve uma massiva chegada de republicanos em vários estados do país. Dom Pedro II, ainda nesse período, pensava em remodelar os quadros da Guarda Nacional.

Foi com esses cenários e toda a disposição do exército que o Marechal Deodoro da Fonseca se motivou para agrupar as tropas do Rio de Janeiro e invadir o Ministério da Guerra. Num primeiro momento, o exército ia começar exigindo a mudança do Ministro da Guerra. Mas, a chegada a esse prisma já permitiu com facilidade a dissolução do regime de Império e subsequente proclamação da República. Os atos irresponsáveis do governo levaram a esse novo contexto e, até tal momento, as participações populares não eram permitidas para a gestão do país.