Assim como acontece em praticamente todos os anos com relação a execução das provas do Exame Nacional do Ensino Médio, o ENEM, a edição de 2016 acabou sendo tomada por uma série de polemicas e também pelo medo do cancelamento ou da anulação das provas. A possibilidade mais forte deste ano era um possível cancelamento do caderno de redação.

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Mas a justiça negou um pedido de anulação da redação do Enem 2016, sendo que essa negativa foi dada pela Justiça Federal, sendo que na tarde de ontem este comunicado foi emitido oficialmente. O pedido havia sido realizado pelo Ministério Público Federal no Ceará, e a principal justificativa teria sido uma possível decorrência do suposto vazamento do tema da prova antes que os cadernos fossem abertos oficialmente.

O Ministério Público havia alegado que tinha dados de uma operação realizada pela Polícia Federal que tinha flagrado um estudante que estava tentando entrar na sala de provas com o ponto eletrônico e com um rascunho da redação com o tema que foi pedido pelos organizadores.

Além disso, o procurador Oscar Costa Filho, responsável pela ação, também sustentou que o tema “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil” apareceu em uma publicação do Ministério da Educação (MEC) no ano passado para desmentir uma prova falsa às vésperas do Exame.

Tema não seria o mesmo

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O juiz que derrubou o pedido de cancelamento da prova, José Vidal Silva Neto, alegou que o tema da falsa prova de 2015 não foi o mesmo tema cobrado na prova de redação deste ano. “Embora se assemelhem, em virtude de ambos se referirem ao assunto da intolerância religiosa, diferem em alcance e perspectivas, que não se tocam”, defendeu.

O juiz aponta também que o candidato flagrado com o rascunho da prova seja eliminado, mas que não vê motivos para o cancelamento da prova para todos os candidatos.