Um dado realmente assustador foi levantado pelo Ministério da Saúde: nada menos do que 60% das mortes de mães em unidades do SUS em todo o país são de mulheres negras.

E com base neste dado, o Ministério da Saúde optou por lançar uma campanha contra o racismo no SUS, onde é incentivado, entre outras coisas, que as denúncias sejam feitas pela população por meio do telefone 136.

Uma campanha necessária

Racismo SUS

Por causa do alarmante dado informado no primeiro parágrafo deste artigo, o Ministério da Saúde e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República decidiram criar uma campanha contra o racismo no SUS.

E o motivo para o lançamento desta tão importante campanha foi a necessidade, observada não apenas por este dado, mas também por uma série de outros relatos e situações em que pessoas negras são destratadas ou sofrem para ter atendimento de qualidade no SUS.

Ou seja, a campanha contra o racismo no SUS acabou por se tornar uma campanha necessária, não apenas na visão dos dois órgãos que a criaram, mas também na visão de grupos ligados aos direitos dos negros, que apoiaram a iniciativa de imediato.

O lançamento

A campanha foi lançada no último dia 25 de novembro, em Brasília, como uma campanha publicitária importante, voltada para conscientizar as pessoas e principalmente os profissionais que prestam o atendimento no SUS.

Nas propagandas, há dizeres fortes contra o racismo, como, por exemplo: “Racismo faz mal à Saúde. Denuncie!”, sendo que elas são veiculadas em diversos veículos de comunicação de massa, como jornais, rádio e televisão, bem como também revistas e redes sociais.

Há também a previsão da utilização de panfletos impressos para conscientização para serem oferecidos aos pacientes e aos profissionais nas unidades do SUS, além de cartazes emblemáticos espalhados também nas unidades do SUS.

SUS Racismo

Segundo informações, as ações deverão seguir até o próximo dia 30 de novembro, enquanto que a campanha deverá ser permanente, para que a conscientização seja plena e contínua.

Desta forma, o Ministério da Saúde pretende diminuir os terríveis números apresentados pelos dados levantados recentemente, que indicam que os negros simplesmente são a maioria sempre que há algum tipo de situação negativa, como mortes ou falhas no atendimento, o que coloca os profissionais que atuam no SUS na berlinda.

A iniciativa foi muito bem vista pelos movimentos negros do país, e o mês de escolhido (Consciência Negra) foi mais que adequado.