Um grupo de estudantes acabou sendo detido durante a realização do vestibular da Estácio Uniseb, na cidade de Ribeirão Preto (SP). De acordo com as informações que foram repassadas pela polícia e pela instituição de ensino, os participantes do esquema tentaram utilizar pontos eletrônicos para receberem as respostas das provas. O esquema só não foi adiante porque a instituição instalou bloqueadores de sinais nos prédios durante o vestibular.

Grupo é preso durante tentativa de fraudar vestibular de medicina

Os vestibulandos que estavam tentando uma vaga no curso de medicina da instituição foram orientados a colocar os aparelhos eletrônicos em suas partes íntimas, como uma tentativa de impedir que os inspetores e fiscais da prova encontrassem alguma coisa. Foram presos sete estudantes e mais quatro participantes da quadrilha e que seriam os responsáveis por repassar as respostas.

Segundo a polícia, quatro estudantes que foram presos pagaram fiança no valor de R$ 20 mil e foram e foram liberados. Outras duas estudantes não pagaram a fiança mas acabaram sendo liberadas depois de um habeas corpus. Já os suspeitos de chefiarem o esquema também acabaram sendo soltos.

Esquema

Segundo os investigadores, o esquema conseguiu ser descoberto quando um especialista contatado pela instituição de ensino conseguiu detectar a utilização do aparelho de escuta por um dos vestibulandos. Os outros quatro suspeitos de integrarem a quadrilha foram descobertos dentro de uma caminhonete estacionada no pátio da universidade.

Grupo é preso durante tentativa de fraudar vestibular de medicina 2

A quadrilha teria colocado um especialista na sala de provas, como se fosse um vestibulando comum, para resolver todas as questões. Esta pessoa era a responsável por repassar as alternativas corretas para a equipe que ficava dentro da caminhonete, que por sua vez repassava as respostas para os estudantes que utilizavam o ponto eletrônico.

Todo o esquema teve registros da sua negociação encontrados nos smartphones de um dos suspeitos, em conversas pelo aplicativo WhatsApp. Os valores que estavam sendo cobrados dos estudantes variavam de R$ 10 mil a R$ 60 mil.

A instituição afirma que o problema conseguiu ser detectado sem que tenha causado qualquer tipo de problema para o processo seletivo como um tudo, e que não havia necessidade de cancelamento do vestibular.