Um grupo de estudantes asiáticos que tentavam uma vaga na Universidade de Harvard, uma das mais prestigiadas do mundo, entrou com um processo na justiça alegando que sofreram discriminação racial durante o seu processo seletivo. Eles estão reunidos anonimamente em uma organização criada para representar alunos que não conseguiram ser aceitos na instituição.

Harvard Cheating Investigation

Para embasar o seu processo na justiça, os estudantes afirmam que a Universidade teria se utilizado de critérios racistas para definir aqueles que entraram e não entraram no processo seletivo. Eles afirmam também que outros estudantes, brancos e negros, conseguiram vagas na instituição, mesmo tirando notas mais baixas nas provas.

Análise individual

Um dos principais pontos atacados por este estudante no processo de seleção da Harvard é o fato da instituição de ensino fazer a chamada análise “individualizada e holística”, que não leva em consideração apenas critérios pontuais, como a nota de uma prova, mas também alguns outros aspectos do estudante em sí.

Asiáticos movem processo contra Harvard alegando discriminação no processo seletivo 2

Apesar da Harvard defender publicamente estes critérios, os estudantes asiáticos afirmam que ele dá margem para o descarte de alunos através de análises que podem ser consideradas tendenciosas ou preconceituosas. Os estudantes que estão entrando com a representação na justiça afirmam que atualmente a quantidade de asiáticos que estão matriculados na instituição é a menor em 30 anos.

Uma outra acusação que está sendo feita contra a Universidade é a de que os mesmos critérios utilizados hoje já eram utilizados anteriormente, na década de 1920, para a instituição conseguir controlar e limitar a quantidade de judeus em Harvard.

Defesa

As acusações repercutiram na imprensa e fizeram com que a instituição emitisse uma nota oficial se posicionando sobre o assunto. Robert Iuliano, conselheiro geral da instituição, afirmou na nota que o processo de admissão de novos alunos foi classificado como “legalmente são” pela Corte Suprema dos Estados Unidos.